A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta, em nota, que faz sentido a manutenção do estímulo à atividade econômica sem correr riscos desnecessários, até que o quadro político associado às votações das reformas fique mais claro.
A entidade aponta o ritmo lento de recuperação e da frustração com o desempenho da indústria em janeiro deste ano, resultando em redução nas projeções para 2019.
Além disso, o impacto negativo da paralisação parcial da extração mineral sobre a atividade econômica em Minas Gerais sugere que juros menores seriam bem-vindos.
A Fiemg ressalta a necessidade de dar continuidade ao processo da reforma da Previdência para a retomada econômica do País.
"Em suma, tanto a retomada do investimento quanto a consolidação de um ambiente de juros baixos no Brasil dependem do encaminhamento político da reforma da Previdência. Quanto mais rapidamente essa questão for resolvida, melhor para a indústria e para o Brasil", conclui.
Comércio e serviços - Em nota, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, afirma que a manutenção da taxa Selic já era prevista.
Ele explica que alguns fatores contribuem para a continuidade desta medida: baixa inflação, 3,89% nos últimos 12 meses - percentual abaixo da meta inflacionária estipulada para 2019 (4,25%); cenário econômico externo relativamente estável; crescimento econômico moroso, a economia do País obteve expansão de apenas 1,1% em 2018, contexto que ratifica a sua lenta recuperação.
"Acredito que ao lançar mão desta medida, o Copom visa dar manutenção à ampliação do mercado de crédito, e consequentemente ao estímulo do consumo e dos investimentos. Além disso, o Banco Central defende uma postura de "cautela, serenidade e perseverança" ante as próximas medidas a serem executadas, ou seja, indica uma tendência da continuidade da Selic no patamar 6,5% ao ano - menor percentual da série histórica ainda para as próximas reuniões", conclui.
O presidente da de Belo Horizonte (/BH), , também destaca a importância dos juros baixos para o setor.
"Por isso, apesar de estar no menor patamar desde que foi criada, em 1996, a taxa atual da Selic não é a ideal para o segmento. Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e o consumo, bem como alavancar a atividade econômica", afirma.
Para o presidente da entidade, a manutenção é considerada boa, por enquanto, para propiciar o crescimento da atividade econômica.
Junto com a redução da taxa Selic, a entidade espera que o governo crie um ambiente interno propício para atração de investimentos produtivos para o País, que gerem emprego e renda.
"Além disso, consideramos imprescindível que o governo concentre seus esforços no processo de aprovação das reformas estruturais, neste momento em especial a da Previdência, para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável e em ritmo maior", diz.
Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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