Desde 2010, essa faixa etária lidera o ranking de dívidas em atraso no SPC da CDLCDL/BH

De acordo com o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH) do mês de julho, apesar de uma leve queda em 2014, a maioria dos consumidores (26,85%) com dívidas em atraso concentra-se na faixa etária de 30 a 39 anos. Comparando com o mesmo mês dos anos anteriores, é possível constatar que os consumidores desta faixa etária lideram a inadimplência na capital mineira desde 2010.

Faixa etária (%)

30 a 39

40 a 49

50 a 64

25 a 29

18 a 24

Acima de 65

2010

25,91

21,87

18,0

12,41

11,72

9,5

2011

27,64

21,09

16,61

14,06

13,75

6,8

2012

27,59

20,67

17,06

13,22

13,68

7,71

2013

27,36

20,83

17,39

12,62

13,6

8,17

2014

26,85

22,21

19,78

10,93

10,45

9,75

Para a economista da CDLCDL/BH, Ana Paula Bastos, um dos fatores que justifica o comportamento desta faixa etária é que muitos desses consumidores já são chefes de família e, consequentemente, arcam com diversas despesas como, por exemplo, contas de água, luz, alimentação, educação e transporte. "Além disso, a perigosa combinação de muitos compromissos financeiros e falta de planejamento acaba levando esses consumidores à inadimplência", explicou.

Dívidas em atraso - No mês de julho, o número de dívidas em atraso na capital mineira cresceu 1,7%, em relação ao mês imediatamente anterior. Nesta base de comparação, os consumidores mais inadimplentes (55,56%) foram do sexo masculino.
Em comparação com o mesmo período do ano passado (Jul.14/Jul.13) o índice de dívidas em atraso aumentou 2,32%. No acumulado de 2014, a inadimplência cresceu 5,06%. Segundo a economista da CDLCDL/BH, tais resultados demonstram o poder corrosivo da inflação sobre a renda dos belo-horizontinos. "Com a elevação do custo de vida, muitos consumidores acabaram ficando sem condições para honrar suas dívidas", explicou Ana Paula Bastos.

Recuperação de crédito - Comparando com o mês imediatamente anterior, o número de pagamento de dívidas em atraso na capital mineira apresentou queda de 2,64% em julho. Em relação ao mesmo período do ano passado (Jul.14/Jul.13), a recuperação de crédito dos belo-horizontinos caiu 1,43%. No acumulado do ano, o declínio foi de 0,56%. "Com os juros altos e a inflação persistente, o consumidor teve mais dificuldade em organizar suas finanças e quitar seus débitos antigos", explicou a economista da CDLCDL/BH.

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