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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 16-01-2016 - 11:40 -   Notícia original Link para notícia
Bolsa desaba 2,36% com riscos em alta

São Paulo - A Bovespa terminou mais um dia em queda, pressionada ontem pela aversão ao risco que dominou os negócios ao redor do globo. O principal índice à vista encostou em 4% de perdas no pior momento da sessão, abaixo de 38 mil pontos, mas conseguiu sustentar esse nível no final. O Ibovespa fechou o pregão em queda de 2,36%, aos 38.569,13 pontos, menor nível desde 9 de março de 2009 (36.741,35 pontos). Na mínima, marcou 37.986 pontos (-3,83%) e, na máxima, 39.494 pontos (-0,02%). Na semana, perdeu 5,03% e, no mês, cai 11,03%. O giro financeiro totalizou R$ 5,680 bilhões.



China, petróleo e EUA influenciaram negativamente os mercados ontem. Na China, não caiu bem a notícia de que vários bancos deixaram de aceitar ações de empresas como garantia de empréstimo. Além disso, o banco central do país, o PBoC, divulgou dados mostrando forte recuo na concessão de crédito. Isso trouxe a percepção de que a desaceleração na economia do país pode ser maior do que a esperada. E essa leitura derrubou as commodities.



Os preços do petróleo ainda foram pressionados para baixo pela informação de que as sanções internacionais contra o Irã poderão ser retiradas neste fim de semana, o que aumentaria a oferta da commodity num ambiente de excesso de estoques. No fechamento, o contrato para fevereiro negociado na Nymex ficou em US$ 29,42 o barril, em queda de 5,71%. No fim da manha, dados mais fracos dos Estados Unidos estragaram de vez o humor dos investidores.



Petrobras foi um dos papéis mais castigados. A ação PN caiu 9,14% e a ON recuou 7,19%. Vale ON recuou 2,90% e Vale PNA, 3,06%. No setor siderúrgico, Gerdau PN perdeu 2,27% de seu valor, Metalúrgica Gerdau PN, 1,79%, e CSN ON, 3,94%. Usiminas PNA caiu 7,69%, a R$ 0,96, segunda maior baixa do índice. No setor financeiro, Bradesco PN cedeu 2,54%, Itaú Unibanco PN, 2,61%, BB ON, 3,83%, e Santander unit, 3,19%.

Capitalização Mesmo com a atual restrição financeira e a queda das cotações internacionais de óleo, a Petrobras poderia chegar até julho de 2017 sem recorrer a captações se conseguir concluir seu plano de desinvestimentos. A avaliação do diretor financeiro Ivan Monteiro é que os desinvestimentos "são a premissa financeira" da companhia. Ele sinalizou que a relação de ativos na mesa de negociação já foi ampliada, ficando entre 20 e 30 ativos, considerando áreas que não dependem da cotação do óleo Brent.



"Desinvestimento de US$ 14,4 bilhões é o piso e não meta. Com essa premissa (desinvestimento), não precisaria captar nada, nem US$ 1. Não é algo razoável. Estamos confiantes, sabedores dos desafios, não será, nunca foi fácil", indicou o executivo. Segundo Monteiro, caso o plano seja efetivado, a companhia conseguiria chegar até julho de 2017 com US$ 15 bilhões em caixa, considerado o mínimo necessário para tocar suas operações de modo satisfatório.



Monteiro também indicou que constam na lista de ativos a subsidiária de transporte e logística, Transpetro, e ativos da área de fertilizantes, que teriam atraído grande interesse de investidores. "Quando a gente anuncia esse número, esses desafios são considerados. Aumentou a quantidade de opções que estamos colocando na mesa. Petrobras tem um compromisso com o mercado. São vários processos em paralelo, alguns bastante maduros e outros menos maduros", reforçou.


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