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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 27-10-2017 - 10:58 -   Notícia original Link para notícia
Cenário externo faz dólar subir 1,2% e encostar em R$ 3,29

Cotação fecha em R$ 3,286 com plano tributário de Trump nos EUA


O dólar subiu 1,20% ontem, a R$ 3,286, acompanhando o movimento externo da divisa americana com a expectativa sobre a mudança de comando no Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e o plano tributário de Donald Trump. Segundo o site Politico, a atual presidente do Fed, Janet Yellen, estaria sendo descartada da corrida pelo próximo mandato, o que aumentaria as chances de assumir alguém favorável a um ritmo mais intenso de elevação de juros. Na máxima, a moeda chegou a R$ 3,29, maior valor desde meados de julho.


Globalmente, o dólar subiu 0,74% contra uma cesta das dez principais divisas do mundo, segundo o índice Dollar Spot. A escalada do dólar prejudicou o desempenho da Bolsa, cujo índice de referência, o Ibovespa, caiu 1,01%, aos 75.896 pontos.


- A Bolsa subiu muito fortemente nas últimas semanas, impulsionada pelos cortes de juros, pela queda da inflação e pelo cenário de recuperação econômica. Mas, agora, com o BC chegando perto da meta (de Selic a 7%), os juros vão passar a impactar menos a Bolsa - explicou Hersz Ferman, da Elite Corretora.


Na conjuntura internacional, Ferman lembra ainda a apro- vação do orçamento de Trump na Câmara americana, ontem, que aumenta as chances de passar a reforma fiscal e tributária proposta por ele.


Pela manhã, entretanto, o cenário era o oposto, com o dólar caindo e a Bolsa subindo após a confirmação da expectativa dos investidores com relação aos juros e à denúncia contra o presidente Michel Temer.


- Internamente, fica agora a dúvida sobre qual tipo de reforma vai sair, depois de o Temer ter sido absolvido. Minha percepção é que será uma reforma desidratada, o que faz com que BC tenha que encerrar o ciclo de corte de juros em dezembro - disse Pablo Spyer, da Mirae Asset.


E o principal impacto negativo da Bolsa foi a Vale, que, apesar do salto em seu lucro líquido no terceiro trimestre, perdeu com a desvalorização do minério de ferro - que recuou 1,24% na China, em sua segunda desvalorização seguida, a US$ 61,47 a tonelada. As ações da empresa tiveram queda de 2,62%.


Para Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial Research, essa desvalorização não tem a ver com o mercado interno, mas com o fortalecimento do dólar no exterior e com as maiores chances de Trump em aprovar sua reforma fiscal e tributária. Segundo ele, com a alta da divisa, os investidores correm para comprá-la:


- Os investidores retiram recursos, em sua maioria, de empresas grandes e com boa liquidez, como é o caso da Vale, para comprar a moeda. PETROBRAS: ALTA COM LEILÕES A Petrobras, por outro lado, fechou em alta. Enquanto as ações ordinárias (com direito a voto) subiram 0,47%, as preferenciais (sem voto) tiveram ganho de 0,05%.


- A Petrobras se beneficia tanto do preço do petróleo, que está subindo, como das expectativas dos leilões do présal, que acontecem hoje. Além disso, o fato de o Conselho de Administração da empresa ter dado continuidade ao processo de melhora da governança também impacta a Bolsa - resumiu Ferman.


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