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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 26-10-2017 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
A 7,5%, juro é o menor em 4 anos

Ciclo de cortes aproximou taxa Selic do piso histórico e deve continuar, embora em ritmo mais moderado
Brasília - Na penúltima reunião de 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, ontem, a redução da taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% anuais. O índice é o menor desde abril de 2013 e está perto do piso histórico, alcançado pela primeira vez em outubro de 2012, quando atingiu 7,25% ao ano. A decisão foi unânime. Com o corte, o BC sinaliza para o mercado que o ciclo de cortes de juros está se encerrando. A mensagem é que o Copom continuará reduzindo o juro básico da economia, mas num ritmo mais lento, para evitar um choque inflacionário nos próximos anos.

A política monetária de corte de juros começou em outubro de 2016, quando a taxa estava em 14,25% ao ano. De lá para cá foram nove reuniões com decisão de queda na Selic, sendo que nas quatro últimas o BC decidiu reduzí-la em um ponto percentual. Desde o início, o recuo foi de 6 pontos percentuais.

Segundo relatório Focus, divulgado pela autoridade monetária, o mercado espera que a Selic termine 2017 em 7% ao ano, mas há agentes esperando que caia ainda mais, para 6,75% ou 6,5% ao ano. A próxima reunião do Copom será a última do ano e está marcada para 5 de dezembro. Para 2018, a expectativa do mercado é que o BC mantenha os juros em 7% ao ano.

Com a inflação controlada e a atividade econômica ainda baixa, o BC reduz a Selic para incentivar a economia. O mercado espera um crescimento de 0,7% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 2% em 2018. Já a expectativa de inflação é de 3,06% em 2017 e de 4,02% no próximo ano. Diante da mudança dos juros, o rendimento da poupança passa a ser de 5,25% mais a taxa referencial (TR). Anteriormente, a rentabilidade era de 5,77% mais a TR. Na prática, os ganhos são 70% do valor da Selic mais a taxa referencial.

A nova redução da Selic teve boa repercussão no meio empresarial em Minas Gerais. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, disse ontem acreditar que o ritmo de novos cortes na Selic deverá se manter nas próximas reuniões. "Acreditamos que a decisão foi novamente a mais acertada, dado que a inflação anual está abaixo de 3% e que a economia ainda caminha a passos lentos no sentido da recuperação", ressaltou o industrial. Para o presidente da de Belo Horizonte (/BH), , a medida é necessária, mas insuficiente se isolada. "O decréscimo tem que vir acompanhado da aprovação das reformas e de um controle da inflação, que aliado a medidas que fomentem a atividade produtiva e a geração de emprego comecem a alavancar a economia".

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%u2022 Novo Refis

Depois da sanção do presidente Michel Temer à nova edição do Refis, programa de parcelamento de débitos tributários, a Receita Federal informou em nota que as adesões sob as novas condições estarão disponíveis a partir das 8h de hoje. Para os contribuintes que já ingressaram com o pedido de renegociação de dívidas durante a vigência da Medida Provisória 783, ainda com descontos menores, a migração dos débitos será automática, sem necessidade de apresentar novo requerimento. O órgão vai editar Instrução Normativa, que será publicada também hoje, para regulamentar as novas condições de adesão ao programa.

%u2022 FGTS

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ontem o orçamento de 2018, com a destinação de R$ 85,5 bilhões. Neste ano, a previsão orçamentária era de R$ 77,5 bilhões. Serão destinados R$ 69,4 bilhões para a habitação, R$ 6,8 bilhões para saneamento básico e R$ 8,6 bilhões para infraestrutura. Também foram aprovadas as previsões orçamentárias de 2019, de R$ 81,5 bilhões, e para 2021, de R$ 81 bilhões. A estimativa do Ministério do Trabalho é de que esses investimentos beneficiem 144,7 milhões de pessoas no período de

quatro anos e gerem em torno de 6,7 milhões de empregos.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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