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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 15-04-2015 - 10:23 -   Notícia original Link para notícia
Tombini vê desaceleração gradual do mercado de crédito no Brasil

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reconheceu ontem, na capital paulista, que há uma desaceleração gradual do mercado de crédito no Brasil. "Nos anos mais recentes temos observado uma desaceleração gradual do seu ritmo de expansão para ritmos de crescimentos mais sustentáveis", disse o executivo do BC.

Para ele, o Brasil há pouco mais de dez anos possuía um mercado de crédito muito abaixo da dimensão do País. "O número de brasileiros que acessavam esse mercado era restrito e o volume de crédito estava relativamente estagnado, em torno de 25% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar inferior ao observado em várias economias emergentes à época e muito distante da registrada em economias avançadas com mercados mais profundos", disse.

Ainda de acordo com Tombini, "a combinação de vários fatores macro e microeconômicos, dentre eles o aumento do emprego e da renda, e a ampliação da capilaridade do sistema financeiro, inclusive com o fortalecimento do cooperativismo de crédito, favoreceu o processo de inclusão financeira e o desenvolvimento do mercado de crédito nos últimos anos". Com isso, segundo o presidente do BC, o volume de crédito rompeu uma certa estagnação e se expandiu de forma gradual e sustentável até o patamar que se encontra hoje, em torno de 58% do PIB.

"Depois desse processo de expansão estrutural, temos observado gradual moderação do ritmo de crescimento do crédito. Essa tendência deve ser mantida em 2015. Assim como deve ser mantida a tendência de mudança gradual na composição, com redução da participação do crédito ao consumo em favor do crédito imobiliário, que, no Brasil, continua relativamente baixo, inclusive quando comparado a outras economias emergentes", reforçou. Quanto ao sistema financeiro, Tombini disse que está sólido, bem capitalizado e com índice de inadimplência em patamar historicamente baixo.


Resultados - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também afirmou que os efeitos das medidas fiscais adotadas pelo governo no começo do ano deverão se materializar nos próximos meses, de acordo com os prazos legais de cada uma delas. Ele citou que no primeiro bimestre as estatísticas das contas públicas ainda não foram "sensibilizadas" por esse conjunto de ações.

Tombini ressaltou que o governo está "propondo e adotando amplo, profundo e consistente conjunto de medidas fiscais, que inclui contenção de despesas correntes e parafiscais, eliminação de subsídios, realinhamento de tarifas públicas, bem como medidas de cunho mais estrutural". Segundo ele, esse conjunto de ações busca assegurar uma trajetória favorável para a dívida pública.

O presidente do BC reiterou que o fortalecimento da política fiscal, "por meio de um processo consistente e crível de consolidação de receitas e despesas, rigorosamente conduzido", facilita, ao longo do tempo, a convergência da inflação para o centro da meta. "Isto porque tanto a literatura quanto as melhores práticas internacionais identificam que um desenho de política fiscal consistente e sustentável contribui para aumentar a potência da política monetária." (AE)


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