A inadimplência entre os consumidores belo-horizontinos aumentou em setembro de 2018, segundo dados divulgados ontem pela de Belo Horizonte (/BH). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de consumidores com o nome inscrito no cadastro de devedores do SPC teve a quarta alta consecutiva e registrou aumento de 1,22%.
A alta taxa de desemprego e elevação da inflação que, no acumulado de 2018, está em 3,34% frente a 1,78% do acumulado em 2017, impacta diretamente no custo de vida das famílias e diminui a renda disponível para o pagamento de dívidas. Além disso, o atraso do pagamento dos salários dos servidores do Estado também influenciou o resultado, na avaliação da economista da /BH, Ana Paula Bastos.
"Apesar da desaceleração do desemprego, a taxa ainda está em patamares maiores do que no ano passado. Somado a isso, o atraso do pagamento dos servidores públicos do Estado afetou a possibilidade de quitar mais débitos", afirmou.
Já na comparação com agosto deste ano, o mês de setembro apresentou queda de 0,25% no número de pessoas inadimplentes em Belo Horizonte. Segundo a economista, a leve redução é resultado da injeção de capital extra na economia por meio do pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados, e via PIS/Pasep, capital geralmente destinado para o pagamento das dívidas atrasadas.
Muitas vezes responsáveis financeiros pelas famílias, com renda reduzida pela aposentadoria e custo de vida elevado devido aos gastos com a saúde, o montante de endividados na faixa etária acima dos 65 anos foi o que mais cresceu em setembro. O aumento foi de 20,14% na comparação com igual mês do ano passado.
Entre os gêneros, o endividamento foi maior entre as mulheres, com crescimento de 0,85%, enquanto entre os homens houve queda de 0,33% no mesmo período.
Número de dívidas - Os consumidores da Capital estão com menos dívidas em atraso de acordo com o levantamento da /BH. O número de débitos vencidos teve queda de 3,82% em setembro de 2018 em relação ao mesmo mês no ano anterior. Na comparação com agosto, a redução do número de dívidas em atraso foi de 0,55%.
"A entrada de renda extra no orçamento faz com que as pessoas que estão empregadas aproveitem para quitar algumas dívidas. No entanto, esse pagamento acontece aos poucos e o número de dívidas diminui, mas o consumidor ainda continua inadimplente", explicou Ana Paula Bastos.
Pessoa jurídica - A inadimplência e as dívidas das empresas aumentaram em setembro. O volume de empresas inadimplentes cresceu 7,56% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e, na variação mensal, o crescimento foi de 0,65%.
O número de dívidas das empresas da Capital aumentou 0,37% na comparação de setembro com agosto deste ano. Já em relação a setembro de 2017, a quantidade de contas em atraso aumentou 3,97%.
A economista da /BH ressalta que a retomada do ritmo de crescimento da economia do País ainda não é suficiente para recuperar as perdas dos últimos anos e permitir que os empreendimentos quitem todos os débitos.
"A recuperação das empresas têm crescido, mas com uma intensidade menor do que nos anos anteriores. A taxa de juros em patamares menores faz com que a negociação das dívidas fique mais barata e na medida do possível as empresas tem quitado alguns débitos, por isso o aumento não foi tão grande como em alguns anos anteriores", disse Ana Paula Bastos.
Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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