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O Globo Online (RJ) ( Especial ) - RJ - Brasil - 26-02-2018 - 08:05 -   Notícia original Link para notícia
Lucros que vêm da web

Empresários de lojas físicas migram para os meios digitais para aumentar a receita e a visibilidade da marca


Oempreendedorismo ganhou o mundo virtual e vem expandindo fronteiras no comércio eletrônico. Diante de um universo infinito de oportunidades na web, empresários de lojas físicas estão abrindo suas versões digitais para ampliar o alcance de público e as possibilidades de lucro. Nesse grupo de quem aposta no e-commerce também estão incluídas as pessoas que descobrem no empreendedorismo digital uma forma de ter seu próprio negócio sem ter que investir grandes valores inicialmente.


Não há receita pronta para se ter uma loja online de sucesso, mesmo quando o empresário já conta com um negócio físico lucrativo. Mas há, sim, alguns passos que podem ajudar nessa jornada, dizem especialistas. Metade do sucesso de um e-commerce está diretamente relacionada ao fato de o produto ou serviço ser realmente bom e resolver um problema importante do mercado a que se destina. A outra metade é relacionada a manter a loja virtual ativa e rentável - unindo um bom planejamento com uma gestão eficiente.


COMODIDADE


Levar uma loja física para o ambiente virtual tem as suas vantagens: produtos vendidos pela internet podem ser adquiridos por qualquer consumidor, em qualquer cidade do Brasil. A marca deixa de ter influência na região onde está instalada fisicamente para ganhar o mundo. A comodidade de utilizar plataformas online de pagamento, a disponibilidade 24 horas/365 dias do ano dos negócios virtuais e as facilidades de pesquisar e comparar preços na web têm atraído cada vez mais os chamados "webshoppers".


O ex-cobrador de ônibus Edivaldo Ferreira Souza decidiu largar sua profissão em 2003 para apostar em um negócio próprio. O ramo escolhido foi o de peças para automóveis: com R$ 170 no bolso, o empresário investiu em um mini estoque e criou a Soft Brasil Catalisadores. A empresa não demorou para prosperar: em poucos anos, Edivaldo montou um galpão de 700 metros quadrados em Santo André (SP).


A ideia de migrar para o ambiente virtual surgiu em meio à necessidade de expandir os horizontes além da fronteira paulista. Em 2012, montou um site, para a exposição dos produtos na web. A loja online (incluindo uma plataforma virtual de pagamento) foi lançada no ano passado. "O ecommerce é uma opção mais barata quando comparada a uma loja física e pode trazer clientes de todos os lugares do Brasil. Hoje posso afirmar que se a loja virtual parar, a empresa para também".


O empresário diz que as vendas aumentaram 45% após a implementação da loja online. O faturamento mensal da Soft Brasil Catalisadores, incluindo a unidade física, gira em torno de R$ 100 mil - a margem de lucro é de 50%. Este ano, Edivaldo pretende aprimorar a plataforma online para oferecer mais comodidade ao cliente. "Nossa meta é crescer 10% ao mês até o fim de 2018".


Criada em 2003, em Recife (PE), a Passa Disco migrou para web sete anos depois, para dar conta da demanda de clientes de outros estados, explica o proprietário da marca Fábio Cabral de Mello. A loja, que vende vinis, CDs e DVDs de artistas locais e fora do eixo de grandes gravadoras, atrai um público apaixonado por música, que gosta de adquirir produtos exclusivos pela internet. "Percebi a oportunidade de vendas online por meio das redes sociais, por onde entrava em contato com clientes de diversas partes do Brasil. A loja virtual surgiu para atender a esse público de forma organizada e profissional", diz.


MENOS CUSTOS


A loja física ainda responde pela maior parte do faturamento total do negócio (70%), mas o empresário afirma que o ambiente virtual tornou-se indispensável para a divulgação da marca em nível nacional. Fábio destaca ainda a diferença de gastos para abrir os dois tipos de empreendimentos: enquanto a loja física exigiu investimentos iniciais de R$ 30 mil, o negócio digital foi aberto com apenas R$ 2 mil. O faturamento médio mensal da marca é de R$ 12 mil, com margem de lucro de 33%.


Já a Laiah, loja de roupas femininas, existe apenas no mundo virtual. As sócias e estilistas Carina Franco e Bianca Bonamigo dizem não acreditar mais no modelo físico de negócio. "Os clientes estão na internet. Nunca cogitamos a possibilidade de ter uma loja física", ressaltam. O investimento inicial para abrir o empreendimento, há quatro anos, foi de R$ 5 mil - o retorno desse investimento aconteceu em um mês.



A empresa vende mensalmente cerca de 300 peças, o faturamento gira em torno de R$ 40 mil. A margem de lucro é de 50%. A expectativa esse ano é investir nas redes sociais para divulgar a marca. "Contratamos uma consultoria de marketing para nos auxiliar nessa empreitada", afirma Carina.


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