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CDL Teófilo Otoni - MG ( Notícias ) - MG - Brasil - 26-08-2016 - 11:35 -   Notícia original Link para notícia
Empresário encontra deficuldades para honrar compromissos


Dívidas em atraso crescem 16,77%
Sem mudanças significativas no cenário econômico nacional, emperrado pela crise política que atravessa o País, vender tem se tornado um verdadeiro desafio para os empresários. No fim do mês, as contas não fecham e a consequência é o acúmulo de dívidas, cada vez maior entre os gestores mineiros. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das Câmaras de Dirigentes Lojistas em Minas Gerais (CDLs) mostram que, em julho, o número de contas em atraso das empresas no Estado cresceu 16,77% frente ao mesmo mês do ano passado, a maior alta registrada desde 2013 (13,89%) para a mesma base de comparação.


Em relação a junho, as dívidas em atraso aumentaram: 1,29%. A alta inflação corroendo o poder de compra das famílias e as elevadas taxas de juros, combinadas ao expressivo índice de desemprego do Brasil, seguem compondo o tripé responsável pelo desestímulo ao consumo. E o impacto recai diretamente sobre o faturamento dos negócios, para muitos em retração contínua nos últimos dois anos.


"A junção desses fatores acaba resultando na queda das vendas e do faturamento de muitos negócios. Com isso, a capacidade dos empresários em honrar seus compromissos fica comprometida", destaca o presidente da de Belo Horizonte (-BH), .


Apesar de a pesquisa não contemplar o perfil das contas em atraso, Falci explica que as primeiras obrigações a serem deixadas de lado pelos empresários costumam ser as tributárias, seguidas pelos fornecedores e financiamentos bancários. Quando o pagamento dos funcionários é afetado, segundo o presidente da -BH, a situação já está crítica.


Com o número de dívidas atrasadas em alta, quem também ganha espaço em Minas Gerais é o "fantasma" da inadimplência. Em julho, as empresas inadimplentes - com contas pendentes há mais de 90 dias - aumentaram 14,42% na comparação com o mesmo período de 2015. O percentual é o maior para o intervalo nos últimos três anos. Frente a junho, o crescimento foi de 1,03%. Para Falci, cortar despesas supérfluas, fazer uma gestão eficiente do estoque e até mesmo vender ativos que não envolvam a produção podem ser medidas que ajudem o gestor no gerenciamento das contas.


O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) também trabalha nos bastidores para ajudar os empresários a atravessarem a recessão econômica que afeta o Brasil. A entidade luta pela sanção do Projeto de Lei 125/2015, o Crescer sem Medo, que prevê alterações no Simples Nacional. As mudanças vão desde a criação de uma faixa de transição de até R$ 4,8 milhões de faturamento anual para as empresas que ultrapassarem o limite do regime - hoje de R$ 3,6 milhões - à ampliação do prazo de parcelamento das dívidas tributárias de 60 para 120 meses.


"A legislação, às vezes, acaba inibindo o crescimento das empresas. Então, se tiver degraus - como esse escalonamento do faturamento paralelamente ao imposto - é muito interessante. Permitindo ter um volume maior de receita, essa gestão vai facilitar a vida dos empresários, que às vezes precisam abrir mais de uma empresa em função dos tributos, além de gerar mais economia", avalia Falci.


Empresários - A situação do consumidor mineiro não é muito diferente da enfrentada pelos empresários. Ainda segundo os dados do SPC, o número de dívidas atrasadas da população do Estado também aumentou - 6,5% - em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A alta foi maior entre os mineiros com idade acima dos 65 anos ( 34,37%), e, na análise por gênero, entre os homens ( 6,3%). Em relação a junho, o crescimento foi de 0,66%.


A inadimplência dos mineiros, consequentemente, elevou-se em 5,34% em julho, frente há um ano. A boa notícia, no entanto, foi que, apesar da alta, o percentual foi o menor desde 2013. Na comparação com junho, o indicador subiu 0,66%. Para agosto, a expectativa é por uma queda da inadimplência.


"Vários aposentados já estiveram na -BH procurando informações no banco de dados para saber como estavam em termos de dívidas e disseram estar esperando o adiantamento do 13º salário para pagá-las. Acreditamos que com a injeção dessa parcela do 13º, vários aposentados vão utilizar esse dinheiro para quitar suas dívidas", afirma o presidente da -BH. O pagamento da primeira parcela do 13º salário começou a ser feito ontem, para aposentados e pensionistas, e vai até o dia 8 de setembro.


Fonte: Diário do Comércio


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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