Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil | - 29-06-2015 - 09:02 - | Notícia original | Link para notícia |
Lucro cresce com modelo reformulado |
Renata Kurusu Gancev, da GrãoGourmet.com: rotinas repaginadas para oferecer mais opções de compra Empresas estão mudando o modelo de negócio para se adaptar ao mercado. A troca de foco acontece porque as vendas não se mostraram rentáveis ou a demanda real não era a esperada. Com os novos rumos, alguns empreendimentos conseguiram incremento nas receitas, aumento da base de clientes e uma redução de custos de até 40%. A GrãoGourmet.com, clube de assinatura de cafés especiais criado em 2013, repaginou rotinas há dois meses para oferecer mais opções de compra. "Os clientes exigiam uma data de torra recente, além de mais alternativas de quantidades mensais", diz a co-fundadora Renata Kurusu Gancev. No modelo original, ela alternava diferentes marcas do produto no envio mensal, o que exigia um controle de estoque mais trabalhoso e restringia os tamanhos das embalagens (250 ou 500 gramas). "Concluímos que seria melhor selecionar lotes específicos e adquiri-los na forma de grão verde, antes da torra", explica. "Assim, conseguiríamos programar a produção do café torrado de acordo com a demanda, com a possibilidade do assinante escolher o item em grãos ou moído." Com a mudança, Renata pôde trabalhar mais com a marca própria que desenvolveu e entregar quantidades de 250, 500 gramas ou um quilo. A reforma nas encomendas aumentou o controle da produção e reduziu os produtos em estoque. A empresa tem 200 clientes e a expectativa de faturamento para 2015 é de R$ 300 mil, ante os R$ 80 mil obtidos em 2014. Na ProjetoVhita, de venda de produtos funcionais, as atividades iniciais eram baseadas apenas na representação on-line, desde 2014, ano de fundação do negócio. "Montamos uma plataforma em que cada colaborador criava uma página pessoal e promovia as mercadorias que queria", explica o sócio Thiago Fafo Pires. "Desde outubro, temos um modelo híbrido, com o modelo off-line. Conseguimos atender o consumidor diretamente e por meio de lojas físicas." Com a ampliação, a empresa ganhou 120 pontos de venda. "Diminuímos os custos operacionais e de pessoal em 40%." Por outro lado, o número de clientes ganhou fermento. Em seis meses no modelo antigo, o negócio colecionou mil consumidores. No atual, no mesmo período, já atendeu mais de dez mil usuários. O faturamento de 2015 deve alcançar R$ 1,5 milhão, mais do que o dobro do ano passado. Pires afirma que, além do aumento da base de clientes, conseguiu uma taxa de recompra de 40% nas vendas. "É um desperdício manter uma fórmula que não se sustenta. Quanto mais você demorar para fazer ajustes, maior será a perda." O plano para os próximos dois anos é lançar, pelo menos, um novo produto por semestre. A cartela de ofertas inclui colágenos e antioxidantes. Renato Kuyumjian, sócio da Quinta Valentina Franchising, de sapatos femininos, afirma que os erros de gestão fazem parte do crescimento das organizações. "O empresário não deve ter medo de buscar soluções alternativas", diz. Criada em 2009, a companhia nasceu como uma loja tradicional de acessórios femininos, depois de um investimento de quase R$ 1 milhão. Em dezembro de 2013, optou por trilhar um outro caminho. "Apesar do investimento em marketing, o volume de vendas não foi o esperado na loja", lembra. Como algumas vendedoras possuíam uma carteira própria de clientes, a empresa passou a levar os sapatos até a casa das consumidoras. Em menos de um ano, a receita gerada pelas vendas diretas, em domicílio, superou as entregas do ponto físico. A estruturação do novo negócio durou de janeiro a outubro de 2014 e transformou a companhia em uma franqueadora de venda direta de calçados. "Não temos mais custos com aluguel de ponto comercial e ganhamos liquidez no produto final. O maior volume de compras, gerado pelos pedidos das franquias, flexibiliza as negociações com os fornecedores." Com 60 franqueadas, a Quinta Valentina está presente em 20 Estados. Quando era apenas uma varejista, tinha uma média de 1,5 mil clientes ao mês. Com a entrada do franqueamento, esse número saltou para 15 mil consumidores mensais. A meta de Kuyumjian em 2015 é alcançar R$ 10 milhões de faturamento, ante um fluxo de caixa quase estagnado no ano passado. Outras empresas também não titubearam em renovar o foco. David Galli de Lira, sócio da ProCompra, de intermediação e cotação de serviços, adicionou em março, após oito meses de operação, uma frente de consultoria e treinamento para os clientes. Já a Hoken, há 18 anos no ramo de purificadores de água, ampliou o poder de fogo do seu braço de franquias, que apenas vendia equipamentos. Agora, oferece venda, locação de produtos e prestação de serviços. "Cerca de 50% da nossa receita vêm do aluguel de itens realizado pelas franqueadas", diz o CEO e fundador da Hoken, Hélio Tatsuo Yostsui. Nenhuma palavra chave encontrada. |
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