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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 09-04-2015 - 09:25 -   Notícia original Link para notícia
Intenção de compra é a menor dos últimos 11 anos

Por Adriana Mattos | De São Paulo


Menos brasileiros estão dispostos a comprar mais nos próximos meses, e essa queda na intenção de consumo acontece em cima de uma base de comparação já afetada pela perda de confiança do brasileiro e redução nos gastos desde o ano passado.


O índice de consumidores que pretendem comprar bens duráveis de abril a junho atingiu 46,6%, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA). É o pior resultado para um segundo trimestre desde 2004, quando a taxa foi de 45,1%. No segundo trimestre de 2014, estava em 53,2%.


A pesquisa envolveu cerca de 500 consumidores na cidade de São Paulo, em uma análise de 13 categorias de produtos.


Em 10 das 13 categorias avaliadas, há queda na intenção de compra em relação ao segundo trimestre de 2014. Entre as maiores quedas, por ordem, estão segmentos de eletroeletrônicos (5,6%), vestuário e calçados (4,6%) e linha branca (2,6%).


"O segundo trimestre tem datas importantes como o Dia das Mães, então essa queda na intenção de compra é preocupante, já que normalmente há uma alta no índice nesse período", disse Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/FIA.


Segundo estimativas do Provar, o setor deverá ter fechado com queda real nas vendas de 3% de janeiro a março e no segundo trimestre, redução de 1,5%. Para fechar o ano com estabilidade nas vendas, portanto, teria que reverter essa queda na segunda metade do ano. Técnicos usam como base para o cálculo a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, estimando desempenho para todos os segmentos do varejo e o peso de cada setor nos resultados.


Ainda ontem, a consultoria E-bit informou que o varejo on-line registrou perda de ritmo de crescimento em 2015, em comparação ao ano anterior, reflexo da redução no ritmo de consumo interno.


De janeiro a março, as vendas avançaram cerca de 13%, sendo que, no acumulado do ano passado, a alta foi mais expressiva, de 24%. A expectativa da empresa é que o mercado feche 2015 com alguma perda de ritmo nas vendas, com uma expansão de 20%, inferior aos 24% em 2014, quando as vendas atingiram R$ 35,8 bilhões.


A E-bit informou que, caso o cenário de desaceleração se mantenha, a previsão para 2015 deve ser revista, numa nova análise na metade do ano, para um índice abaixo de 20%. "A expectativa é que as ações do "Black Friday" consigam sustentar parte dessa expectativa de crescimento", disse Pedro Guasti, diretor-executivo da E-bit.


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