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DCI - Online ( Economia ) - SP - Brasil - 15-07-2019 - 05:00 -   Notícia original Link para notícia
Volume de serviços em maio está 1,1% abaixo do visto em dezembro de 2018

Resultado nulo no mês de maio, com destaque negativo para os transportes, indica que primeiro semestre será pior que o previsto e torna mais difícil resultado robusto para o acumulado de 2019
Com a variação zero no volume de serviços prestados em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, o setor de serviços registrou o segundo mês de alívio, mas ainda está 1,1% abaixo do nível verificado em dezembro de 2018, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao ponto mais alto da série da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o nível do volume de serviços prestados em maio ficou 11,8% abaixo do registrado em janeiro de 2014 - a série começa em 2012.

Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, a alta de 0,5% em abril ante março e a estabilidade em maio não anularam a queda de 1,6% no acumulado de janeiro a março. A atividade de transportes é a principal responsável pelo desempenho ruim. Em maio, esse segmento recuou 0,6% ante abril, e, nos cinco primeiros meses do ano, foram quatro taxas negativas na comparação com os meses imediatamente anteriores.

"Boa parte do menor ritmo do setor de serviços está bastante ligada ao menor dinamismo do setor de transportes, que está associado ao menor dinamismo da atividade econômica como um todo", diz.

Para o doutor em economia e professor da Faculdade de Campinas (Facamp), José Augusto Gaspar Ruas, a ausência de crescimento em maio indica tendência de consolidação de um primeiro semestre ruim. "O setor de serviços apresentou novamente sinais de dificuldades na economia. O crescimento nulo (0,0%) indica estagnação e reforça dados pessimistas da indústria e comércio", afirma Ruas.

Os segmentos com resultados positivos foram os de Serviços Prestados às Famílias (0,5%), Serviços de Informação e Comunicação (1,7%) e Serviços Profissionais e Administrativos (0,7%). "Em resumo, o setor de serviços segue muito afetado pela retração da economia nos últimos anos. A sequência de resultados mantém essa defasagem e reforça o cenário de pessimismo para o restante do ano", ressalta o professor da Facamp .

Para os economistas do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc (MUFG), holding do Banco MUFG Brasil, o resultado de maio mostra um cenário delicado também para o segundo trimestre. "Se a atividade de serviços em junho também apresentar crescimento nulo, então o desempenho no 2T19 em relação ao trimestre anterior pode apresentar leve contração de 0,2%", avaliam.

Um pouco mais otimista, projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que o setor pode registrar este ano, após quatro resultados negativos, o primeiro desempenho positivo em 2019. A estimativa é que a alta fique na casa dos 1,6%.


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