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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 26-11-2015 - 11:25 -   Notícia original Link para notícia
Dona do grupo Cila prepara processo de sucessão

Uma ousada empresária mineira, que há 41 anos fundou uma tradicional grife focada em beachwear, começa a preparar a sucessão familiar. Trata-se de Cila Borges, diretora do grupo Cila, empresa que atualmente reúne quatro marcas: além da Cila, de moda praia, Jump, de fitness, e as recém-incorporadas TT Beachwear, também de moda praia, e a Potti Romã, de lingerie. A empresa mantém fábrica no bairro São Lucas, na região Leste, e duas lojas próprias na região Centro-Sul da capital mineira.
 
A empresa surgiu oficialmente em 1974, mas Cila Borges acompanhava desde a infância a avó e a mãe, acostumadas a costurar para a família. Na adolescência, ela transitava com os biquínis que criava em tradicionais clubes da capital mineira. Os modelos, no início da década de 1970, começaram a chamar a atenção das amigas, até que ela começou a receber sucessivas encomendas.
 
"Assim, quando fundei a empresa, já tinha um nome na praça", lembra ela. A princípio, a produção acontecia nos fundos da casa dela, mas, com o crescimento, a empresária precisou de um lugar maior para atender a clientela. Por isso, ela montou a primeira loja e fábrica na região da Savassi. A princípio, as duas, juntas, ocupavam espaço de 50 metros quadrados.
 
Em meados dos anos 80, o contínuo aumento da procura obrigou Cila Borges a mudar de endereço mais uma vez. Dessa vez, a fábrica foi instalada no porão de um casarão, também na Savassi, onde permaneceu até 1998. Naquele ano, ela decidiu levar a planta para Ibirité, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com o intuito de facilitar a rotina de algumas funcionárias que moravam naquela cidade.
A experiência, contudo, não surtiu o efeito esperado. Por isso, seis anos depois, a empresária trouxe a estrutura de volta para a Capital. Antes de adquirir o imóvel próprio onde a fábrica hoje funciona, ela alugou um espaço no bairro Santa Efigênia, na região Leste. Em 2010, Cila Borges investiu em R$ 4 milhões na construção da planta no bairro São Lucas.
 
A unidade industrial fabrica, mensalmente, média de 10 mil peças e, somente a linha de produção, emprega 80 funcionárias. Entre fevereiro e setembro, do total de peças produzidas, 30% correspondem à marca Jump; 30% Cila; 20% Potti Romã e 20% TT Beachwear. No restante do ano, contudo, a Cila ainda é o carro-chefe dos negócios. Isso porque, entre outubro e janeiro, metade dos itens confeccionados na fábrica são dessa marca.
 
Pontos de venda - A maior parte da produção, aproximadamente 85%, abastece as duas lojas próprias da marca, instaladas na Savassi e dentro do BH Shopping. Aproximadamente 10% do restante chega aos pontos de venda multimarcas e outros 5% correspondem às vendas pela internet que, nesse caso, são impulsionadas pela Potti Romã, marca mais jovem do grupo.
 
Cila Borges afirma que ainda não há nenhuma definição relacionada à abertura de novas unidades. "Estou trabalhando a sucessão com as minhas duas filhas, mas ainda não sei como elas vão preferir crescer. Elas podem optar pela abertura de lojas físicas, ou por apostar mais no e-commerce. Para mim, as vendas pela internet parecem ser o futuro, então precisamos ficar atentas", salienta a empresária.
 
Público - Cila Borges explica que, agora, o grupo atende uma faixa etária bastante diversificada. Enquanto a Potti Romã e a TT Beachwear estão voltadas a um público mais jovem, a Cila tem clientes de praticamente todas as idades. Com a crise, ela diz ter maior disponibilidade de mão de obra, o que permite maior diversificação do mix. Neste verão, por exemplo, ela conseguiu incluir pelas infantis na coleção.
O tíquete médio desembolsado pelos clientes por compra é de R$ 600. Cila Borges relata que o último grande investimento feito pela empresa foi na fábrica, em 2010. Porém, ela estima que R$ 800 mil sejam aportados anualmente no negócio. O montante se direciona à aquisição de maquinário, além de constantes melhorias nas duas lojas.
 
Crescimento - Apesar da crise que afeta o País, Cila Borges é otimista e projeta aumento de 5% nas vendas em 2015 em relação ao ano passado. "Mesmo com a crise, o grupo continua batendo as metas", revela. O sucesso de mais de quatro décadas, na visão dela, é mantido porque ao longo de todo esse período ela evitou ao máximo decepcionar a clientela. "O que contribuiu foi o que sempre tivemos nas lojas aquele produto que a cliente está precisando", justifica.


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