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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 14-05-2019 - 00:04 -   Notícia original Link para notícia
Classe E está com a renda comprometida

Apesar das orientações dos especialistas de que não é recomendável que mais de 30% da renda seja comprometida com o pagamento de financiamentos e empréstimos, a maioria dos consumidores da capital da classe E possui mais de um terço dos seus recursos destinados mensalmente para ao pagamento deste tipo dívida.

Esse foi o resultado apresentado por um levantamento realizado pela de Belo Horizonte (/BH) que mostrou que entre os 40,3% dos belo-horizontinos da classe E que têm algum financiamento ou empréstimo, 69% comprometem mais de 30% dos seus recursos para a quitação destes débitos.

"Essa parcela da população foi a que mais sofreu com o desemprego durante a crise econômica vivida nos últimos anos, por isso teve que recorrer a financiamentos e empréstimos para conseguir se manter. Além disso, por possuírem um rendimento menor, eles possuem a necessidade de utilizar esses recursos para adquirir bens de maior valor", comenta o presidente da /BH, .

Em relação ao número de parcelas, na classe E os financiamentos e empréstimos são pagos, na média, em 30 vezes. E o valor que é destinado mensalmente para essas parcelas é R$ 775,75. "Tendo em vista que essa classe recebe até dois salários mínimos, eles estão com um percentual alto dos seus recursos sendo gasto apenas com essas despesas, o que impossibilita que seja feito outros tipos de investimentos", explica Silva.

Entre todos os consumidores da Capital, 42,4% afirmaram que possuem algum financiamento ou empréstimo, que são pagos em até 42 vezes. O valor médio de todas as dívidas deste tipo está em R$ 1.100,46. Dentre esses moradores da capital, a maior parte (59,2%) tem até 15% de seus recursos destinados para a quitação destes recursos.

Ainda de acordo com a pesquisa, 70% dos consumidores priorizam o pagamento das contas pela data de vencimento. Já 19,3% dão preferência a quitação em primeiro lugar dos serviços essenciais (água, luz, telefone).

"Este resultado é reflexo do cenário econômico ruim vivido nos anos anteriores, que fez com que as pessoas tivessem que priorizar alguns pagamentos por não ter renda para quitar todos de uma vez" esclarece o presidente da /BH. Entre as classes sociais esse comportamento se repete, variando apenas os percentuais.

Em relação a responsabilidade pelos pagamentos das contas, 66,8% dos consumidores disseram que dividem com os demais moradores de sua residência. Já 23,3% afirmaram que são os únicos responsáveis pela quitação das contas e 9,8% que é de outras pessoas.

Segundo o levantamento da /BH, 40% dos consumidores da capital já estiveram com o nome inscrito nos cadastros de devedores e 8,7% ainda estão endividados. E entre eles, a maior parte (40,2%) disse que a perda do emprego foi a causa para o atraso no pagamento de contas. Em seguida foi citada a redução da renda, com 26,3% das repostas.

Já na contramão, 51,3% dos entrevistados afirmaram que nunca estiveram inadimplentes, e o planejamento financeiro (38,7%) foi apontado por eles como a principal forma para evitar o endividamento.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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