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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 26-03-2019 - 07:26 -   Notícia original Link para notícia
Cora Ronai - A tecnologia que a gente esquece

Entre uma faxina e outra, acabamos nos esquecendo de que aspiradores também são ferramentas de tecnologia


Oprimeiro aspirador de pó nasceu com a Revolução Industrial, que criou suficiente lixo e poluição para despertar as pessoas para algo que, até então, passava despercebido: a quantidade de sujeira que as cercava. Vários aparelhos com a mesma finalidade surgiram entre meados e fim do século XIX. Alguns eram tão pesados que precisavam ser transportados em charretes e usavam mangueiras compridas que entravam pelos prédios adentro; outros, mais jeitosos, utilizavam motores de ventilador de teto e pequenas pás, acoplados a sacos de lona para recolher a poeira.


Com mais de cem anos de estrada, os aspiradores se incorporaram à nossa rotina. Exceto por aperfeiçoamentos aqui e ali, e um tapa ocasional no design, eles passaram décadas cumprindo o seu serviço diligentemente, sem despertar maiores emoções. Entre uma faxina e outra, acabamos nos esquecendo de que eles também são ferramentas de tecnologia.


Os robôs da Roomba, apresentados pela primeira vez em 2002, mudaram o cenário, e chamaram a atenção para a categoria. E, no ano passado, a Dyson, uma das principais fabricantes mundiais, deixou, oficialmente, de produzir aspiradores com fio: todos os seus modelos são agora movidos a bateria. Isso significa que, em breve, os demais aspiradores domésticos seguirão por este caminho.


Sou fã de aspiradores. Quem tem bicho em casa sabe apreciar o serviço que eles prestam. Já não sei quantos passaram pela minha vida. No momento, convivo com um Rainbow, monstro que custa o PIB da Bolívia e passa por revisões anuais como um automóvel (mas é imbatível no serviço pesado), um Roomba para o dia a dia e um aspiradorzinho de mão da Electrolux para pequenos incidentes.


Há duas semanas, um UltraPower, também da Electrolux, se juntou ao time. Ele é um aspirador de pé, sem fio, e é tão bonitinho que pode ser deixado em qualquer canto da casa. Achei que seria um bom complemento para o Roomba, mas ele vai bem além disso.


Aspiradores de pé são a solução mais prática para quem está com pressa e não quer se estressar com fios. É só pegar, usar e devolver à base. O UltraPower é razoavelmente leve (4,5kg) e excelente para manobrar. Tem três diferentes velocidades e, dependendo da que se usa, autonomia de mais de uma hora, o suficiente para dar conta do trabalho com folga na minha casa, que não tem tapetes. O reservatório de poeira é fácil de limpar, tem dois filtros e não precisa de sacos.


Gosto particularmente dos pequenos "faróis" que há na frente, que iluminam os cantos escuros debaixo dos móveis; gosto muito também dos leds que acendem enquanto está carregando e que piscam para o usuário para avisar que está tudo OK; finalmente, acho lindo que pare de pé sozinho quando preciso largálo sozinho por algum motivo.



Ele não tem flexibilidade para ser o aspirador único numa casa com gatos porque trabalha apenas no chão e não limpa camas e sofás, mas é uma mão na roda na limpeza diária. O seu principal defeito é o preço salgado: custa cerca de R$ 1,2 mil nas lojas on-line.


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