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Portal O Tempo ( Esportes ) - MG - Brasil - 11-04-2018 - 14:42 -   Notícia original Link para notícia
Qualifying pra Roland Garros tem presença de jovem com bagagem na seleção adulta

Com apenas 15 anos, mineiro João Victor Loureiro quer levar lições recentes da Colômbia para conquistar sonho de chegar a um Grand Slam
Até alguns meses atrás, certamente não passava pela cabeça de algumas das maiores promessas do tênis brasileiro bater uma bola com referências da modalidade nacional como Bruno Soares e Marcelo Melo. Nesta quarta-feira, o que poderia ser um sonho se realizou, com direito a lobbis dos expoentes pra cima dos veteranos, de malas prontas para o circuito de torneios de saibro.

O encontro entre as diferentes gerações aconteceu no Pampulha, em Belo Horizonte, que sediará entre esta quinta e o próximo domigo o Roland-Garros Junior Wild Card Competition, que dará uma vaga para o qualifying do torneio juvenil no sagrado solo francês.

Serão 32 jovens de oito Estados, além do Distrito Federal. O campeão e a campeã partem para Paris para disputa com os vencedores de torneio similar que acontecerá na Índia e na China. O vencedor garante vaga na fase de grupos de um dos principais Grand Slams do planeta.

"Não tive essa chance que eles estão tendo. É por isso que damos muito valor para estar aqui passando esta experiência. Normalmente eles apenas nos assistem pela TV e essa proximidade é muito benéfica. Sabemos como isso pode ser um incentivo a mais na carreira destes jovens", comenta Marcelo Melo, embaixador do torneio e número 1 do ranking de duplas e campeão de Roland Garros em 2015.

Um dos fortes candidatos ao título é o mineiro João Victor Loureiro, que treina em Joinville (SC). Ele foi sparring do time brasileiro adulto na última semana, durante disputa da Copa Davis em Barranquilla, na Colômbia. Com apenas 15 anos recém-completados, ele lidera o ranking nacional até 16 anos e já começa a disputar os torneios sub-18. "Foi uma experiência única, tentei aproveitar ao máximo para levar para o meu dia a dia e seguir evoluindo cada vez mais. O volume deles é muito grande", compara.

Para João, natural de Belo Horizonte, ter divido experiências recentes com alguns dos maiores nomes do tênis nacional pode favorecer seu jogo para os adversários da sua faixa de idade. "Acho que isso pode me ajudar muito. Aprendi demais dentro e fora de quadra. Existem jogadores que estão mais bem ranqueados que eu neste torneio, será um campeonato duro, mas creio que posso fazer um bom papel. Vou tentar de tudo para ir o mais longe possível", destaca. Apesar de saber que o caminho até a final é longo, ele já pensa na experiência que pode aparecer em breve. "Deve ser algo algo incrível vivenciar o ambiente de um Roland Garros, foi a primeira vez que tive contato direto com atletas adultos durante tantos dias e quero levar tudo isso pra dentro de quadra", completa.

Marina de Figueiredo, Maria Vitória Salomão e Bruno de Oliveira, de Belo Horizonte, Giovanna Pereira, de Coronel Fabriciano, Lucas Dini, de Ubá e Giulia de Aguiar, de Juiz de Fora, serão os outros representantes mineiros, assim como Bruno Cardoso de Oliveira e Pedro Ferrari Maciel. Apenas começando suas carreiras, o pensamento de atravessar o Atlântico para vivenciar na pele uma experiência que parecia distante há algum tempo, é inevitável. Marina, com 17 anos, é a atual campeã brasileira juvenil, ocupando o melhor posto do país no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF).

Novo palco. No ano passado, torneio similar já havia acontecido em Florianópolis e agora a competição chega a BH após iniciativa da Federação Francesa de Tênis, mostrando a credibilidade da Federação Mineira da modalidade. "Fazemos parte de um novo movimento no Estado, que tem a transparência como uma das vertentes deste trabalho. Pensamos grande e buscamos trazer para cá os maiores eventos do país", destaca o presidente da Federação Mineira, François Rahme.

O bate-bola, que antes aconteceria com apenas oito atletas, foi extendido a todos, por um pedido da dupla de mineiros, que sabe que os pequenos instantes dentro da quadra podem ficar marcados na memória dos jovens. "Na idade deles, eu precisei viajar pra fora para disputar uma competição como esta. É uma oportunidade de ouro eles poderem vivenciar e curtir isso ao nosso lado. É motivante pra eles, vivemos algo parecido há muito tempo e sabemos que eles serão o futuro do tênis brasileiro", pontua Bruno Soares, 15º do mundo.


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