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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 17-10-2019 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Vendas no comércio da Capital crescem em agosto

As vendas do Dia dos Pais, celebrado no segundo domingo de agosto, foram umas das responsáveis pelo crescimento das comercializações no mês. O incremento foi de 2,29% em comparação a julho, de acordo com os dados da de Belo Horizonte (/BH).

De acordo com a entidade, a entrada de capital extra na economia, oriundo do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro dos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), também foi outro fator que contribuiu para a alta dos números.

"A -BH tem acompanhado os principais eventos do comércio durante 2019 e, neste ano, as datas comemorativas têm apresentado crescimento. Há uma procura maior pelo consumo", destaca o vice-presidente de micro e pequena empresa da entidade, Lucas Pitta.

O profissional ressalta que tem sido observado um otimismo entre os empresários e a população em geral. Um dos motivos para isso, diz ele, sobretudo no mês de agosto, foi a alta no número de empregos na capital mineira, de 5,17%, passando de um saldo de 3.829 vagas para 4.027, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A queda na inflação também contribuiu para esse cenário mais animador, segundo o vice-presidente de micro e pequena empresa da -BH.

"Isso dá um fôlego para as famílias poderem investir nessa qualidade de vida, comprar presentes para as pessoas já que, em um momento de recessão, isso é algo que costuma ser cortado", destaca Lucas Pitta. "Nós já saímos do buraco onde estávamos", diz ele.

Na liderança - O segmento que apresentou a maior alta no mês de agosto em relação a julho foi o de vestuário e calçados, com incremento de 3,32% nas vendas. "É um 'presente-necessidade'. Isso é fruto da recessão, quando as pessoas foram deixando de gastar, e o guarda-roupa foi ficando obsoleto", pontua o profissional.

Logo após vestuário e calçados, os produtos que mais se destacaram, de acordo com os dados da -BH, foram material elétrico e de construção (3,29%); artigos diversos, que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (2,73%), veículos e peças (1,75%), informática (1,72%), eletrodomésticos e móveis (1,52%), supermercados (0,68%), drogarias e cosméticos (0,45%) e papelaria e livrarias (0,15%).

Comparação anual - Já o incremento do índice real de vendas na comparação entre agosto deste ano e o mesmo período de 2018 foi de 1,18%.

Quando se trata dessa base de comparação, a maior parte dos setores apresentou alta. Primeiramente, vêm os artigos diversos, com crescimento de 2,75%. Depois, supermercados (2,03%), drogarias e cosméticos (1,83%), vestuário e calçados (1,64%) e veículos e peças (1,42%).

Por outro lado, apresentaram queda: papelaria e livrarias (-0,7%), eletrodomésticos e móveis (-0,3%), informática (-0,28%) e material elétrico e de construção (-0,21%).

Mais dados - No acumulado do ano, as vendas de janeiro a agosto de 2019 tiveram um aumento de 1,75% em relação ao mesmo período de 2018. No entanto, lembra Lucas Pitta, o resultado ainda é menor do que o verificado no ano passado, quando o incremento foi de 2,51%.

Nessa base de comparação, todos os setores tiveram incremento: eletrodomésticos e móveis (2,72%), drogarias e cosméticos (2,54%), supermercados (2,42%), artigos diversos (2,41%), material elétrico e de construção (1,75%), informática (1,18%), vestuário e calçados (1,02%), papelarias e livrarias (0,88%) e veículos e peças (0,41%).

Já as vendas em 12 meses, de setembro de 2018 a agosto de 2019, apresentaram aumento de 1,12% na comparação com o mesmo período anterior. No entanto, o índice de crescimento também foi menor do que o verificado em 2018, que foi de 3,58%.

Todos os setores apresentaram crescimento nos últimos 12 meses: drogarias e cosméticos (2,62%), informática (2,45%), supermercados (2,37%), material elétrico e de construção (2,03%), artigos diversos (1,65%), veículos e peças (1,5%), eletrodomésticos e móveis (1,12%) e papelaria e livrarias (0,63%).

Expectativas - Diante desse cenário, Lucas Pitta conclui que "o pior já passou". De acordo com ele, os comerciantes devem estar otimistas e continuar investindo em seus negócios sem baixar a guarda, pois agora vai chegar o momento de colher os bons frutos.

"É preciso lembrar, ainda, que não basta apenas comprar e vender, mas é preciso buscar a inovação e a experiência que há por trás do comércio", afirma o profissional.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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