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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 02-10-2019 - 10:33 -   Notícia original Link para notícia
Pequenos empresários estão prontos para o Natal deste ano

A todo vapor. Procura por itens personalizados e lembrancinhas, além de guloseimas, empolga empresários


Empreendedores já reforçam produção, fazem cursos e criam opções para a data


Depois de trabalhar 25 anos como bancária, Aline Moreira foi demitida em 2016 e, sem conseguir um novo emprego, começou a produzir, em casa, bolos no pote para vender. Neste ano, buscando aumentar o alcance de seu negócio, ela fez um curso de confecção de panetones e agora quer lançar novos produtos focados no Natal. "Vou inovar", diz. O aumento do faturamento do comércio no período, que historicamente gira em torno de 6%, atrai pequenos empreendedores como Aline, que buscam melhorar as contas de casa. A perspectiva de crescimento de vendas de 1,8% em Belo Horizonte no fim de 2019, impulsionada pelo 13º salário e pela recuperação da economia, vem a reboque da melhora do comércio no primeiro semestre, que avançou 1,99% na cidade - o percentual mais alto desde 2014. As informações são de um levantamento da de Belo Horizonte (-BH).


"Não foi suficiente para recuperar perdas passadas, mas gera confiança. As pessoas estão com mais renda disponível, dívidas menores, e a inflação está controlada", explica a economista da CDLBH, Ana Paula Bastos. Uma mudança no perfil do consumidor também tem participação nesse fenômeno. O comprador vem buscando cada vez mais produtos artesanais e personalizados, o que abre espaço para o pequeno empreendedor atuar. Desde 2013 vendendo bolos e doces, a chef da Doceria 554, Cynthia Arcanjo, explica que grande parte dos seus clientes procura, nos produtos, uma experiência mais intimista.


"No Natal, há um boom de encomendas, e oferecemos produtos personalizados para a data. Trabalhamos com decoração específica e toques especiais que vão desde a fabricação caseira, humana, até pequenos mimos, como cartõezinhos ou flores que enfeitam os doces", conta. Patrícia Trópia, que vende nécessaires personalizadas, conta que também desenvolve uma linha de produtos específicos para a data, com itens como bolsas para guardar maquiagem e estojos até para escova de dentes. Ela explica que suas vendas no fim do ano tendem a ser até cinco vezes maiores do que em outros períodos. "A pessoa quer dar algo que demonstre o pensamento no outro. Comercializo produtos com o nome do presenteado e estampas escolhidas pelo cliente", afirma. CURSOS.


De olho nesse mercado, empresas especializadas têm ofertado capacitação visando ao pequeno empreendedor. Exemplo disso é a distribuidora de alimentos Nova Safra, que oferece, até 29 de novembro, sete cursos de confecção de panetones com temáticas que vão de opções "low-carb" a chocotones e pães natalinos. De acordo com a diretora de marketing da empresa, Ana Carolina Félix, o público-alvo é variado. O curso veio, na opinião dela, no embalo do aquecimento da economia. "Percebemos que o consumidor está buscando mais lembrancinhas do que presentes mais caros nesse período e preparamos o aluno para se inserir nesse mercado", diz.



Serviço Aulas.


Os cursos de confecção de panetone oferecidos pela Nova Safra acontecem até 29 de novembro e custam entre R$ 60 e R$ 250 cada. Informações: 3394-1500


Comércio pretende contratar até 22% mais temporários


O comércio em Minas Gerais deve contratar um número 22% maior de funcionários temporários para atender à demanda das festividades do fim de 2019, se comparado ao ano passado. De acordo com um levantamento preliminar da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio MG), 20% do empresariado pretende abrir vagas do tipo, ante 16,4% em 2018. Os resultados finais da sondagem devem ser divulgados no fim de outubro.


"O Natal é a época mais importante para o varejo, a que mais consegue mexer com a emoção do consumidor, e, por isso, traz maior faturamento. Além disso, o aumento do poder de compra com o pagamento do 13º salário e o avanço da economia neste ano prometem melhores vendas", explica o economistachefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida. Ele acredita que, com expectativa de maiores faturamento e demanda, o empresariado vai investir mais em pessoal. A perspectiva de maior contratação se repete em Belo Horizonte, de acordo com a economista da de Belo Horizonte (-BH), Ana Paula Bastos.


"Nossos estudos mostram que os empresários devem abrir mais vagas temporárias neste ano em comparação com o ano passado por causa da recuperação de receita do setor", diz. Os especialistas também citam como motivo para a melhora a base de comparação fraca gerada pelos números de 2018. (LN)


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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