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G1 ( Economia ) - RJ - Brasil - 30-09-2019 - 10:37 -   Notícia original Link para notícia
4 em cada 10 empresários pretende efetivar temporários, diz pesquisa CNDL/SPC Brasil

Entre as modalidades de contratação para o final de ano, 52% disseram que empregarão temporários, 49% abrirão vagas informais e 45%, formais, e 28% farão contratação terceirizada.



Pesquisa realizada em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 40% dos empresários têm a intenção de efetivar os temporários contratados para a demanda de final de ano.

O levantamento, que ouviu 1.177 empresários que atuam no comércio e serviços entre 1º e 16 de agosto revela ainda que 29% deles pretendem efetivar um único colaborador e 11%, dois ou mais colaboradores.

Entre as modalidades de contratação para o final de ano, 52% disseram que empregarão temporários, 49% abrirão vagas informais e 45% formais, ou seja, com carteira assinada, e 28% farão contratação terceirizada.

Entre os que recorrerão à mão de obra informal, 54% justificam se tratar de uma contratação específica para o período de Natal, sendo inviável a carteira assinada. Em contrapartida, 29% acreditam que dessa forma reduzirão custos, uma vez que em tempos de crise, as pessoas estão mais dispostas a fazer bicos. Outros 12% terão menos despesas com a folha de pagamento.

Para as posições temporárias, a média de contratação deve ficar entre um e dois profissionais. Quatro em cada dez (41%) devem permanecer por três meses, enquanto 23% ficarão por dois meses e 12% apenas um mês.

A pesquisa mostra que aproximadamente 103 mil vagas serão abertas até dezembro - um aumento de 43,8 mil postos de trabalho em relação ao previsto ano passado.

Em meio a um cenário mais otimista, o levantamento aponta recuo de 72% para 69% no percentual de empresários que não têm a intenção de fazer contratações nesse fim de ano, sejam temporários, informais, efetivos ou terceirizados.

Por outro lado, houve aumento de 17% para 23% no percentual dos que contrataram ou devem contratar ao menos um colaborador. A principal justificativa para os reforços do quadro de funcionários é atender ao aumento da demanda neste período do ano, com 88% das menções.

As contratações devem se concentrar em novembro (29%), enquanto 23% reforçarão seus quadros no mês de outubro. Já 14% deixarão para abrir vagas em dezembro. Além desses, 8% contrataram em agosto e 14% recrutaram extras durante o mês de setembro.

Levando em conta quem contratou ou pretende contratar funcionários neste ano, a remuneração média dos profissionais corresponde a 1,6 salário mínimo, ou R$ 1.597.

Entre as funções mais procuradas estão as de ajudante (31%), vendedor (26%), balconistas ou atendente de loja (9%), motorista (6%), caixa (4%) e estoquista (4%).

Em média, a jornada de trabalho deve ser de oito horas diárias.

Segundo a pesquisa, 35% dos empresários do varejo devem optar por homens, enquanto 28% por mulheres e 37% mostram-se indiferentes. Os colaboradores devem ter uma média de 28 anos. Além disso, a maioria espera que o profissional tenha ensino médio completo (39%).

Em relação às competências profissionais, mais da metade (56%) dos empresários pede experiência anterior na área. Outros 18% dão preferência a quem tenha feito algum curso técnico na área.

A pesquisa mostra que 48% dos empresários devem contratar mais este ano do que no ano passado, enquanto 37% planejam abrir o mesmo número de vagas. Apenas 9% pretendem contratar menos funcionários. Considerando os que irão ampliar o quadro, 41% acreditam que a perspectiva de retomada da economia deve refletir no aumento das vendas - um crescimento de 30 pontos percentuais em relação a 2018. Para 39%, a intenção é suprir a demanda para vender mais e 17% acreditam ser necessário investir na qualidade do atendimento.

Já entre os que devem contratar o mesmo número de colaboradores ou menos que em 2018, a maior parte (48%) explica que a equipe atual atende aos clientes de forma satisfatória. Outros 21% alegaram insegurança pela retração das vendas e resultados negativos em outras datas comemorativas, enquanto 13% disseram ter dificuldade em encontrar mão de obra qualificada.

O quadro positivo de contratação para este ano reflete a expectativa dos empresários de que as vendas devem ser melhores em relação a 2018. De acordo com a pesquisa, seis em cada dez empresários (58%) do varejo apostam que os resultados de 2019 prometem superar os do ano passado - um aumento de 17 pontos percentuais ante 2018.

Para 26%, o desempenho será igual e apenas 9% acreditam em números piores. A expectativa é de um crescimento médio de 17% nas vendas neste fim de ano. Em 2018, esse número era de 8%.

A pesquisa também quis saber se no último trimestre houve redução no quadro de efetivos. Sete em cada dez entrevistados (73%) que possuem um ou mais funcionários não demitiram ninguém nesse período, enquanto 26% tiveram de realizar cortes. Desse universo, 43% promoveram a demissão de apenas um funcionário, 32% de dois funcionários e 25% de três ou mais funcionários.


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