Fonte: Alan Santos/PR Dados do governo federal mostram que até o momento 1.260 empresários aderiram em Minas à campanha Semana do Brasil, que celebra o dia da Independência. Esse número equivale a cerca de 3,5% das empresas comerciais constituídas apenas este ano no estado. Ou seja, ao menos no início a campanha está mobilizando uma parte pequena do universo empresarial. O objetivo da medida é incentivar o consumo por meio de descontos nos produtos e serviços entre os dias 6 e 15 de setembro. Apesar do começo tímido, a campanha ainda pode crescer. Em Belo Horizonte, segundo a Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas da capital, a CDLCDL-BH, 300 lojas já aderiram de imediato. A expectativa é que ao longos dos próximos dias mais empresários entrem na campanha. O número de lojistas já participantes corresponde a 2,5% dos 12.881 associados da entidade. "As lojas vão oferecer produtos e serviços com desconto, buscando aumentar as vendas e renovar seus estoques. Os consumidores terão uma oportunidade de comprar produtos que estão precisando e presentes para as datas festivas que vêm pela frente", afirmou o presidente da CDLCDL-BH, Marcelo de Souza. A intenção do governo federal é unir as festividades do patriotismo com o consumo. O símbolo da campanha são as cores da bandeira, verde e amarelo. Apesar de econômica, a medida também possui um caráter político; afinal, dependendo do seu sucesso a classe empresarial terá uma melhor avaliação do governo Bolsonaro. Além disso, muitos empresários estão aderindo à ideia para manifestar apoio ao presidente, a exemplo de Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo. A Semana do Brasil é inspirada em um movimento muito similar que ocorre anualmente nos Estados Unidos, a Black Friday. A medida do sucesso da Black Friday de Bolsonaro será a disposição dos consumidores. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que a intenção de compra das famílias recuou 3,5% em junho em relação a maio. Na comparação com junho do ano passado houve uma melhora de 5,3%. Com a economia estagnada, será um desafio a eficácia da medida.