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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 10-07-2019 - 09:52 -   Notícia original Link para notícia
Calote tem recorde em 3 anos

Percentual de 64% das famílias endividadas no Brasil em junho foi o maior desde 2013, segundo pesquisa, que também mostrou tempo médio de 7 meses para pagamentos



SPC em Belo Horizonte: endividamento cresceu 5,4 pontos percentuais na comparação com junho de 2018
Rio de Janeiro - O percentual de famílias endividadas subiu pelo sexto mês consecutivo em junho, atingindo o maior nível desde julho de 2013, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em contrapartida, segundo a pesquisa, diminuiu a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso.O endividamento cresceu 0,6 ponto percentual em junho, na comparação com maio, e frente a junho de 2018 o aumento foi de 5,4 pontos percentuais. Apesar do aumento do endividamento das famílias, que chegou a 64% das famílias, a Peic identificou queda no número de famílias com dívidas ou contas em atraso, tanto na comparação mensal quanto na anual.O cenário reflete as condições ainda favoráveis de juros e prazos de pagamento, de acordo com análise da CNC, o que demonstraria estar havendo melhora no perfil das dívidas. A proporção de famílias que declararam não ter condições de saldar os compromissos financeiros, e, com isso, permaneceram inadimplentes ficou estável na comparação com maio, em 9,5%. Ante junho do ano passado, a pesquisa identificou que as famílias se mostraram menos otimistas em relação à capacidade de pagamento, com crescimento de 0,1 ponto percentual. A taxa ficou, portanto, em 9,4%.A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou entre maio e junho, de 12,9% para 13% das famílias. Já na comparação anual, houve estabilidade. Também aumentou a parcela das famílias mais ou menos endividadas, de 22,4% para 23,1%, mas o destaque é para o aumento entre os que se declararam pouco endividados, de 23,2% para 27,6% das famílias.O presidente da CNC, José Roberto Tadros, entende que embora tenha havido alta sucessiva do percentual de endividados, o comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas ficou estável, comparado a 2018. "O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, ou seja, inadimplentes, apresentou a primeira queda do ano, em junho, e um recuo em relação a 2018. Também é possível observar uma melhora no perfil do endividamento, com maior participação de modalidades de crédito que apresentam menor custo, prazos mais longos e garantias atreladas à sua concessão", afirma.A CNC verificou crescimento de dívidas com o financiamento de carro e de casa no perfil do endividamento, tipos de dívidas que têm menor risco de inadimplência, segundo Tadros. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7 meses, sendo que 24,7% delas estão comprometidas com dívidas até três meses; e 32,1%, por mais de um ano.Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas ficou estável, na comparação anual, em 29,5% em junho último, e 21,1% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.Desemprego Assim como a inadimplência, sondagens realizadas sobre a desocupação no Brasil cresceram. A Fundação Getúlio Vargas divulgou ontem dois indicadores referentes ao mercado de trabalho, coletados em junho. O Indicador antecedente de emprego subiu 0,8 ponto e, agora, registra 86,6 pontos. O índice registrou crescimento em junho após recuo nos quatro meses anteriores.Trata-se de uma combinação de resultados das sondagens da FGV junto à indústria, aos setor de serviços e ao consumidor e mostra os rumos do mercado de trabalho no país. Já o Indicador coincidente de desemprego (ICD) caiu 1,1 ponto, no mesmo período. Ele alcançou 94,6 pontos, depois de ter registrado aumento nos três meses anteriores.O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. O ICD é construído com base em quatro faixas de renda salarial. Em junho, a classe de renda que mais contribuiu para o recuo do ICD foi a dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil.



Cereais são liberados na produção de cervejas



Marcelo Ernesto
O presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto 9.902 - publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU) -, que flexibiliza o uso de diversos cereais na fabricação de cerveja. A nova redação não estabelece mais limites para uso de milho e outros "adjuntos cervejeiros". Na prática, esses cereais poderão substituir o malte como fonte alternativa de amido."Cerveja é a bebida resultante da fermentação, a partir da levedura cervejeira, do mosto de cevada malteada ou de extrato de malte, submetido previamente a um processo de cocção adicionado de lúpulo ou extrato de lúpulo, hipótese em que uma parte da cevada malteada ou do extrato de malte poderá ser substituída parcialmente por adjunto cervejeiro", estabelece o decreto.Na regulamentação anterior, de 2009, a redação estabelecia limite de 45% para os adjuntos. "Parte do malte de cevada poderá ser substituído por adjuntos cervejeiros, cujo emprego não poderá ser superior a quarenta e cinco e por cento em relação ao extrato primitivo".O novo texto da regulamentação ainda permite a adição de ingrediente "de origem animal, de coadjuvante de tecnologia de aditivo", situações não previstas anteriormente. Sobre a possibilidade dos novos ingredientes, o novo decreto estabelece apenas que eles sejam listados no rótulo como estabelece a legislação.Ainda sobre a conceituação do que é cerveja, uma série de exigências também foi retirada, como a dos açucares vegetais diferentes daqueles de cereais. Antes eles eram limitados a 10% nas cervejas claras; 50% nas escuras, além de 10% na cerveja-extra.



Gasolina 4,4% mais barata



Rio de Janeiro - A Petrobras reduziu o preço médio da gasolina em 4,4% e o do óleo diesel em 3,8%, apesar da alta do petróleo no mercado internacional. Desde ontem, o litro da gasolina custa, em média, R$ 1,6817 nas refinarias e o diesel vale R$ 2,0649 o litro. Às 13h26 de onem, o barril de petróleo tipo WTI operava em alta de 0,28%, a US$ 57,84 e o Brent subia 0,22%, a US$ 64,25.De acordo com o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araújo, desde o último ajuste do preço da gasolina, em 11 de junho, a gasolina já subiu 7% no exterior, o que eleva a defasagem do preço interno em relação à cotação internacional para 189,75% no porto de Suape (PE) e de 153,14% no Porto de Santos (SP).Em relação ao diesel, Araújo afirma que a defasagem média está em torno dos 78%. "Mesmo depois de assinar um TCC (Termo de Compromisso de Cessação) com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) se comprometendo a eliminar a concentração no mercado de refino, a Petrobras pratica preços abaixo da paridade. Não sei se estão de olho no mercado de etanol, mas causa estranheza e inviabiliza qualquer tipo de importação", afirmou Araújo, referindo-se à queda dos preços do etanol nas últimas semanas, o que reduz a venda de gasolina.A Petrobras assinou no dia 11 de junho com o Cade um TCC para acabar com o monopólio que exerce no mercado de refino, se comprometendo a vender refinarias e infraestrutura logística relacionada para ampliar o número de agentes do setor produtivo no negócio do petróleo. No entanto, a estatal não se comprometeu a manter a paridade internacional, o que declarou ser sua política de preços desde a entrada do ex-presidente Pedro Parente, e que vem sendo reafirmada pelo atual presidente, Roberto Castello Branco.Araújo solicitou ao Cade, por meio da Abicom, que revisse os termos do TCC da Petrobras, já que a venda das refinarias não é vista como medida suficiente para acabar com o monopólio. O pedido foi recusado na segunda-feira pelo presidente do órgão, Alexandre Barreto. "A gente ainda tem esperança que isso seja revisto, diante da necessidade de investimentos no Brasil. Foi uma redução (gasolina e diesel) inexplicável", afirmou Araújo. Procurada, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto.



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