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Estado de Minas Online ( Esportes ) - MG - Brasil - 22-07-2017 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Um campeão em família

Marcelo Melo aproveita breve pausa para curtir os pais e os amigos em BH. Na segunda-feira, ele recomeça a caça por troféus mundo afora



Ao lado da mãe, Roxane, e do pai, Paulo Ernane, tenista exibe todo orgulhoso o troféu de Wimbledon, que já ganhou lugar especial na galeria de sua casa


"Nada como estar em casa." Assim pensa Marcelo Melo, de 33 anos, que no sábado passado se tornou o segundo brasileiro campeão em Wimbledon (a primeira foi Maria Esther Bueno), considerado o maior torneio do tênis mundial, e que pela segunda vez na carreira assumiu a liderança do ranking individual de duplas da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Depois de quase seis meses, ele retornou a BH para passar um tempo ao lado dos pais, Paulo Ernane e Roxane, e dormir em seu quarto, na sua cama.

"Marcelo chegou cheio de bagagens", contou Roxane. Além da mala com roupas, raquetes e bolas, duas bolsas muito especiais, disse Paulo Ernane, todo orgulhoso: "Numa delas, o troféu de Wimbledon, o maior de todos. Na outra, um pedaço da grama de Wimbledon, que eles dão de recordação aos campeões".

Ficar em casa foi o que menos fez na capital mineira. Ele desembarcou em Confins na quinta-feira à noite, dormiu um pouco e teve de acordar cedo ontem, para cumprir compromissos com seus patrocinadores. "Ele chega correndo e sai correndo. Nem me avisou que ia almoçar em casa. Se tivesse feito isso, teria feito algo especial, como estrogonofe, que ele adora", comentou a mãe do tenista.

Paulo lembra o início da carreira de Marcelo, aliás, um dia muito especial para a família, em 1993, no Torneio do , na Pampulha. "Os três meninos (filhos) foram campeões. Marcelo nos 10 anos, Daniel nos 16 e Ernane nos 18." Naquela época, mal poderia imaginar que o futuro lhe reservava um campeão de Wimbledon - e a consequente vida corrida. "Ele tem muitos compromissos. Pena, pois fica pouco com a gente. Segunda cedo já vai embora de novo."

A agenda do campeão está cheia. "Vou para Washington, onde jogaremos na semana que vem. Depois Montreal, Cincinnati, tudo em preparação para o US Open. Defendo pontos em Montreal, pois essa competição se reveza com Toronto, que ganhamos no ano passado e também em Cincinnati. Depois de Nova York, vou para o Japão, onde me encontro com o Bruno Soares para jogar a Copa Davis", enumera Marcelo.

DIVERSÃO O tenista se diverte no pouco tempo que tem em casa. Fica brincando com os pais, treinando-os para tirar fotos com ele. "Tem de olhar para a câmera, para a lente", comenta, aos risos. A mãe pergunta sobre um troféu que estava sumido, e ele vai até sua galeria e busca o que ela queria, um azul, de quando ele foi número 1 do mundo pela primeira vez, em 2015. Logo, cobra o almoço, e não sem razão: "Tenho compromisso no shopping, preciso estar lá às 14h". Almoça rapidamente, se despede dos pais e sai novamente correndo. "Um beijo, nos vemos mais tarde."

TRÊS PERGUNTAS PARA...

Marcelo Melo, tenista mineiro

Há cerca de ano e meio, você e o Bruno Soares fazem parte de um projeto da Federação Mineira de Tênis (FMT). Como tem funcionado?

"Estamos ajudando a federação a estimular a prática do tênis. Hoje (ontem), por exemplo, gravei um vídeo e enviei para os meninos da Seleção Mineira que vão disputar o Interfederações. Como não podemos estar aqui, por causa do calendário do Circuito Mundial, a melhor maneira de ajudar é pelos vídeos. Também estou à disposição para conversas com eles sobre competição. É importante passar a nossa experiência."

O que mudou na sua vida depois da conquista de Wimbledon?

"Agora sou mais reconhecido. Pedem autógrafos e para tirar fotos. Fui colocar gasolina hoje (ontem) de manhã e o frentista se aproximou e perguntou se eu era o Marcelo Melo (risos). Fico feliz com isso. Mas ainda posso sair na rua e passar despercebido em alguns lugares."

Quando começou a carreira, pensava em ser campeão de Wimbledon? E em ser o número 1 do mundo?

"Quando comecei a jogar não pensava nisso ou naquilo. O que tivesse que acontecer, aconteceria. Mais tarde, passei sim a pensar em Wimbledon. Queria ganhar lá. É um torneio mais fascinante pra mim. Fico feliz de ter realizado meu sonho."


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