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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 18-05-2019 - 00:18 -   Notícia original Link para notícia
Segmento têxtil fecha 1º quadrimestre com uma retração de 3% a 4% no Estado

As indústrias têxteis de Minas Gerais estão amargando perdas em função do fraco desempenho da economia. Este ano, ao longo do primeiro quadrimestre, os dados preliminares mostram que o desempenho do segmento retraiu entre 3% e 4%, contrariando a expectativa de ampliação dos resultados projetada para 2019.

Assim como para os demais setores da economia, a retomada do mercado e do desempenho depende de ações do governo federal, principalmente, no que se refere à aprovação das reformas da Previdência e tributária.

Mesmo com desempenho aquém do esperado, a projeção para 2019 é de que o faturamento das indústrias têxteis cresça cerca de 6% em Minas Gerais, o que será alcançado caso as reformas propostas pelo governo federal sejam aprovadas.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe, a estimativa para os primeiros meses de 2019 era de crescimento, porém, em função do mercado enfraquecido, o setor retraiu.

"Nossa estimativa era de aumento do desempenho, mas não foi o que aconteceu. Ainda não fechamos os dados do setor referente ao período de janeiro a abril de 2019, mas a estimativa inicial é de uma queda entre 3% a 4% no setor, frente a igual período do ano anterior. A atual situação econômica do País é o principal fator que impactou no setor têxtil", explicou Flávio Roscoe.

O fraco desempenho das indústrias têxteis se deve à retração econômica, ao aumento do desemprego e a maior cautela do mercado consumidor.

"A retomada do crescimento do setor industrial têxtil depende de como anda a macroeconomia e a confiança do consumidor. Além disso, dependemos de avanços no Brasil, assim como as indústrias em geral", disse.

Confiança abalada - Com a economia enfraquecida e o desemprego em alta, o nível de confiança do consumidor está menor. Em Belo Horizonte, por exemplo, o Índice de Confiança do Consumidor recuou 5,1 pontos no primeiro trimestre, passando de 58,2 pontos para 53,1 pontos, segundo os dados da de Belo Horizonte (-BH). Por essa perspectiva, 2019 será desafiador para a indústria têxtil.

Segundo Roscoe, um dos principais fatores que podem contribuir para a retomada da indústria e da economia nacional é a aprovação da reforma da Previdência, o que garantiria o equilíbrio das contas do governo e a capacidade de retomar os investimentos. Esses fatores são fundamentais para a geração de empregos e recuperação da economia.

"Iniciamos o ano com a perspectiva das indústrias têxteis crescerem cerca de 6% no ano. Mesmo com o desempenho negativo verificado no primeiro quadrimestre, acreditamos que, se as reformas, principalmente a da Previdência, forem aprovadas, vamos conseguir recuperar as perdas e encerrar o ano com o crescimento estipulado", explicou Roscoe.

Votorantim registra lucro de R$ 4,4 bi no trimestre

São Paulo - A Votorantim SA, um dos maiores grupos industriais do Brasil, divulgou, na sexta-feira (17), um aumento no lucro do primeiro trimestre e uma forte queda na dívida, como resultado da venda parcial da fabricante de celulose Fibria.

O lucro líquido somou R$ 4,4 bilhões nos primeiros três meses do ano, ante R$ 150 milhões no mesmo período de 2018.

A Votorantim vendeu parte de sua fatia na Fibria para a Suzano Papel e Celulose por cerca de R$ 8 bilhões, em um acordo concluído em janeiro. O grupo agora detém participação de 5,5% na Suzano.

A dívida líquida do grupo encerrou março em R$ 10,2 bilhões, 23% abaixo do final de 2018. Isso equivale a 1,46 vez o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ante 1,91 vez em dezembro.

Em comunicado, o presidente-executivo, João Miranda, afirmou que a Votorantim atingiu um confortável índice de alavancagem, deixando espaço para aquisições. O grupo busca investimentos em áreas como infraestrutura e propriedades comerciais no Brasil, bem como fabricantes de cimento ou materiais de construção em países desenvolvidos.

A receita do primeiro trimestre também cresceu 5% ano a ano, para R$ 6,7 bilhões, ajudada pelas maiores vendas de cimento e alumínio e também pela desvalorização da moeda brasileira. (Reuters)


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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