Vice-governador condicionou acerto com prefeituras à renegociação entre Minas e o Planalto
O vice-governador Paulo Brant (Novo) afirmou ontem que o Estado reconhece que um novo acordo deve ser feito com os municípios em relação aos repasses retidos pela gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT). O novo valor é estipulado em R$ 6 bilhões, com maior parte destinada a área da saúde.

Para que o acordo seja feito, o vice-governador entende que a renegociação da dívida do Estado com o governo federal é a principal solução. "É uma alternativa essencial, que vamos construir com a Assembleia Legislativa. Eu tenho dito e sublinhado que a Assembleia não é um obstáculo que vamos ter que transpor. Ela vai que ter construir junto com a gente. Nós somos Poderes, temos que tirar, juntos, Minas Gerais desse imbróglio", disse.

Paulo Brant ressaltou que a atual administração vem trabalhando todos os dias para conseguir novas alternativas para os cofres públicos e, assim, iniciar uma negociação para o pagamento do restante devido aos prefeitos mineiros. "O governo entende que deve essa parte de R$ 6 bilhões. Pode ser que (o novo acordo) saia esse ano, pode ser que não. Estamos tentando várias alternativas", explicou.

A declaração de Paulo Brant foi dada nesta quarta-feira no 36º Congresso Mineiro de Municípios, realizado no Mineirão, onde o prefeito de Moema, Julvan LacerdaJulvan Lacerda, foi reencaminhado como presidente da Associação Mineira de MunicípiosAssociação Mineira de Municípios (AMMAMM). Brant ressaltou o bom relacionamento que o Executivo tem com as associações municipais e disse que a gestão de Romeu Zema (Novo) é adepta do diálogo.

"Nós somos da tese de que a melhor política para o governo não deve ser definida de maneira centralizada, mas sim em diálogo com os municípios e associações regionais. Não vai ser aqui, de Belo Horizonte, que nós vamos definir o que é melhor para cada município", declarou o vice-governador.