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O Globo Online (RJ) ( Segundo Caderno ) - RJ - Brasil - 30-04-2019 - 07:18 -   Notícia original Link para notícia
Mercado de livros no Brasil tem queda pelo quinto ano seguido

Aumento de compras do governo não evitou diminuição de 4,5% em 2018


Pelo quinto ano consecutivo, o mercado de livros no Brasil fechou em queda. Em 2018, o setor editorial produziu 350 milhões de exemplares, vendeu 352 milhões e faturou R$ 5,12 bilhões - o que representa uma queda real de 4,5% em relação ao balanço de 2017. O tombo só não foi maior porque o governo aumentou suas compras.


BÁRBARA LOPES/10-1-2019Livrarias em crise. Editoras vêm buscando canais de venda alternativos


Os dados foram divulgados ontem na nova edição do estudo "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Os números não levam em conta o mercado de e-books.


A pesquisa avalia a venda de livros físicos no mercado e para o governo, dividida por quatro subsetores: didáticos, religiosos, científicos, técnicos e profissionais (CPT) e obras gerais (ficção e não ficção). Em termos reais, todas essas áreas apresentaram queda nas vendas.


O mercado de livros religiosos foi o que menos sofreu, fechando com um decréscimo real de 2,6%. O subsetor CTP teve o pior resultado, apresentando um recuo de 20,3% em termos reais. O mercado de livros didáticos apresentou queda real de 9,1% e o subsetor de obras gerais, importante indicador sobre hábitos de leitura, caiu 6,8% em relação a 2017.


SUPOSTO FUNDO DO POÇO


Segundo o presidente da CBL, Vitor Tavares, o desemprego e a crise econômica dos últimos cinco anos são as principais causas das quedas consecutivas.


- Acredito que já chegamos lá embaixo. A próxima pesquisa (sobre o ano de 2019) deve indicar que, no mínimo, paramos de cair - afirmou Tavares.


No entanto, os dados do primeiro trimestre deste ano não são tão animadores. Divulgada na semana passada, a edição da pesquisa "Painel de Vendas de Livros no Brasil", realizada pela Nielsen também sob encomenda do Snel, mostrou que o faturamento com as vendas até o mês de março encolheu 25% na comparação com o mesmo período do ano passado.


A retração é atribuída à crise nas duas principais livrarias do país, Cultura e Saraiva, que entraram em processo de recuperação judicial no fim do ano passado. Em número de exemplares, a queda é de 30%, o que representa 1,2 milhão de livros a menos. Segundo a pesquisa, o faturamento até março deste ano foi de R$ 134 milhões, contra os R$ 180 milhões do mesmo período de 2017.


Porém, segundo Vitor Tavares, apesar dessa queda, é importante ressaltar o crescimento em 2018 de 17,45% do canal de distribuição, o que já demonstra uma busca das editoras por canais de venda alternativos e por livrarias independentes.


- É fundamental essa reorganização para podermos enxergar melhores resultados no futuro -afirmou.


Segundo o presidente da CBL, a retomada do crescimento passa ainda pela hábitos de leitura no Brasil, além da adequação do setor à nova realidade de compras via internet.


- A tecnologia vem para ficar, equem não tive ressas ferramentas robustas para otimizara venda vai ter dificuldades. Nós te mosque repensar maneiras de faze ressa máquina voltar acrescer paulatinamente - afirmou Tavares.


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