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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 17-04-2019 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Mina$ em Foco - Pés no chão, como 'bons mineiros'

Será necessário avaliar se, de fato, convergiram os movimentos de um lado e de outro dos balcões do comércio na semana da festa cristã
A máxima de que a economia só começa a funcionar no Brasil depois do carnaval não serviu ao país neste ano, como se esperava. Transferir a expectativa para a Páscoa também poderá significar frustração encomendada, num cenário que sugere muitas dificuldades pela frente na política e no mercado consumidor. Será necessário avaliar se, de fato, convergiram os movimentos de um lado e de outro dos balcões do comércio na semana da festa cristã.

Os comerciantes de Belo Horizonte trabalham com projeções de crescimento de 1,67% nas vendas de abril, frente ao ano passado, de acordo com pesquisa feita pela (-BH). Contudo, a depender dos preços, o balanço dos negócios pode ficar mais magro do que a previsão já modesta.

A Fundação Ipead, vinculada à UFMG, verificou que o preço dos ovos de Páscoa subiu, em média, 7,18% ante o registrado no ano passado, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado em BH pela instituição, foi de 5,65%. A dona de casa que escolher o bacalhau para o almoço da santa sexta-feira pagará aumento de 13,46%. O levantamento foi feito entre 10 e 13 deste mês.

De certa forma, a intensidade da expansão de vendas importa menos ante aquilo que os sinais do consumo indicarem, como observa , presidente da -BH. "A Páscoa passou a ser data muito relevante para fazer a economia girar. Estamos otimistas, mas temos os pés no chão, como os bons mineiros", afirma.

É válida toda esperança para deixar na conta do passado os números negativos da economia em Minas em 2019. As estatísticas mais recentes do IBGE, de fevereiro, indicaram quedas de 1% nas vendas do comércio varejista, de 4,7% na produção industrial e de 0,3% no setor de serviços.

Para , há problemas centrais ligados ao governo federal que emperram a economia. "Percebemos que a equipe econômica é tecnicamente preparada, mas falta habilidade para entender como funciona a democracia, que pressupõe andarem juntos o Executivo e o Legislativo", diz o presidente da -BH.

A situação econômica e financeira delicada do caixa estadual torna as condições de Minas piores do que as do país. Souza e Silva afirma que é preciso deixar o país produzir, abrir espaço para a geração de empregos formais e para quem deseja empreender. Isso implica, segundo ele, "melhorar o ambiente para os negócios efetivamente chegarem".

Na melhor hipótese traçada pelos comerciantes da capital, para que isso se transforme em realidade, a reforma da Previdência teria de ser aprovada até junho e o acordo de recuperação fiscal do estado precisaria sair do papel no fim deste mês. Essa crença é que mantém de pé a perspectiva vista pelo comércio de BH de expansão de 3,5% da economia brasileira e de 2,5% em Minas neste ano.

Do mais os lojistas se encarregam, segundo o presidente da -BH. Apesar de estar sofrendo (diante da lenta recuperação da economia), o comércio e o setor de serviços puxam a locomotiva do crescimento. Em 2018, o PIB do estado cresceu 1,2%, ao passo que as duas atividades entregaram avanço de 2,4% dos negócios.

*A colunista entra de férias e retorna

no fim de maio

Espanto

53,85%

Foi a quanto chegou o reajuste dos preços do bacalhau neste mês, em comparação a abril de 2018, de acordo com a Fundação Ipead

Pesquisa essencial

A diferença de preços nos estabelecimentos de BH para o quilo do peixe fresco cascudo alcança impressionantes 152%, entre preços encontrados de R$ 9,90 e R$ 25 o quilo. O levantamento foi feito pelo site Mercado Mineiro de 10 a 13 deste mês, em BH. A dica da pesquisa antes de comprar faz todo o sentido para evitar que o consumidor perca vantagens nas ofertas de peixes de qualidade.

Às vésperas

A pesquisa do site Mercado Mineiro indicou, ainda, que é possível, às vésperas das comemorações da Paixão de Cristo, comprar ovos de Páscoa a preços até 21% inferiores aos coletados no mesmo período do ano passado. No entanto, para isso, será preciso gastar sola de sapato, tendo em vista as grandes diferenças, as quais passam de 80%, observadas para idêntico produto no varejo da capital. A pesquisa foi feita de 9 a 12 de abril em 12 supermercados e lojas de departamento de BH.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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