O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil | - 27-03-2019 - 07:49 - | Notícia original | Link para notícia |
Governadores cobram maior articulação pela reforma |
Aprovação de mudanças na Previdência ajudaria a aliviar contas dos estados Acrise na articulação da reforma da Previdência já preocupa os governadores, que contam com a medida para ajudar a aliviar as contas públicas nos estados. Durante fórum realizado ontem, os chefes dos Executivos locais questionaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o andamento dos trabalhos para conquistar apoio ao texto no Congresso. Guedes, no entanto, preferiu não debater essa questão, segundo participantes do encontro. Encontro. Guedes se reuniu com governadores, que questionaram andamento dos trabalhos da reforma da Previdência O apoio de governadores é uma das apostas da equipe econômica para aprovar a reforma da Previdência, principalmente por causa da piora da crise fiscal em grande parte dos estados. Só com a mudança de regras para a aposentadoria de militares, os estados devem ter um ganho de R$ 52 bilhões. Já a proposta de emenda à Constituição (PEC) prevê mecanismos que podem ajuda rosentes a controla remas finanças, como a previsão constitucional de elevação de alíquotas em caso de desequilíbrio dos sistemas de aposentadorias. Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), não há ambiente político para a tramitação da reforma da Previdência. Embora seja de um partido de oposição, ele já se declarou favorável à medida, mas vê acrise em Brasília com preocupação. - O ambiente político não está propício para a tramitação da proposta. O confronto entre instituições e entre Poderes tem atrapalhado. Isso foi dito ao ministro Paulo Guedes, que fez questão de não entrar nesse debate - afirmou Casagrande, após a reunião. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi nomes motome disseque há uma"preocupação evidente" sobre as relações entre governo e Congresso. - Aproveitamos a oportunidade para deixarmos clara, vários governadores, uma preocupação evidente com as relações entre governo e Congresso -disse Leite. ELEIÇÕES JÁ PREOCUPAM De acordo com Leite, governadores estão preocupados com o "tempo político" da tramitação da reforma, porque a aprovação ficaria mais difícil com a proximidade das eleições municipais. Segundo ele, Guedes afirmou que tem "respaldo político" para conduzir as reformas. Também do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, não participou de todo o encontro com Guedes, mas fez questão de passar um recado dos governadores a respeito da crise na articulação: pregou "paz e serenidade". -Temos que promover diálogo, equilíbrio, bom senso e serenidade - afirmou Doria, antes do fórum organizado pelo governo do Distrito Federal. Depois de se reunir com o presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto, o governador do Rio, Wilson Witzel, disse estar empenhado junto aos deputados federais do estado para que a reforma seja aprovada "o mais rápido possível". Segundo o governador, o presidente lhe pareceu "até bastante animado" com relação às negociações para a aprovação da reforma: -Eu acredito que o governo está caminhando bem para formar sua base. Questionado se falou com Bolsonaro sobre as farpas trocadas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Witzel disse que acredita que as divergências estavam superadas: - Me parece que, pelo bom humor do presidente, essa eventual divergência, se é que houve, já está totalmente superada. Abancada federal do Rio ainda não levantou quantos votos o estado dará a favor ou contra a reforma. Alguns deputados estão mais abertos ao diálogo comWitzel.P ara MarceloCal ero, do P PS, o governador iniciou um trabalho f avo rávelàre forma, oque pode render frutos no futuro: - Sou de um partido independente e vejo que o governador tem aumentado sua participação nessa discussão. Temos que olhar com carinho para a Previdência, ainda mais pelo fato de o Rio ter boa parte de suas receitas vinculadas ao pagamento de aposentadorias e pensões. Já o deputado Paulo Ramos (PDT) não vê problemas em conversar com Witzel, mas já avisou que um encontro com o governador servirá para mostrar-lhe a razão por que votará contra anova Previdência. - Se ele convidar para um encontro, estaremos presentes. Mas vamos expor o motivo pelo qual votaremos contra. Nenhuma palavra chave encontrada. |
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