Guga se misturou à criançada no e lembrou a época em que disputava torneios no clube de BH
A segunda fase do projeto Escolinha Guga, que formará uma equipe com jovens tenistas com idade acima de 16 anos para disputar torneios e dar sequência na carreira até o profissional, terá como sede o (). Ontem, Gustavo Kuerten esteve em BH para anunciar a novidade.
O projeto tem coordenação do mineiro Hugo Daibert e já foram implantadas em todo o Brasil 38 unidades com a Escolinha, para crianças de 4 a 10 anos, e a Escola, para os de 11 a 15. E o que se inicia agora em BH é a formação de uma equipe de competições para jovens com mais de 16 anos, escolhidos entre os participantes do projeto e que treinarão no . O objetivo é ter seis tenistas.
Os pioneiros são os mineiros João Ferreira e Bruno Oliveira, jogadores do , além do paulista Matheus Alves e do catarinense Pedro Dias. Segundo Hugo, os quatro já estão, aos poucos, vivendo o tênis profissional. "Eles já treinaram com profissionais como Murray, Nadal e Djokovic em Cincinatti, nos EUA, e outros entre os top 20, em Barcelona".
O projeto tem um centro em Barcelona, a Academia Galo Blanco, onde os quatro estão morando neste período de competições. "Moram lá e competem rodando a Europa, o que reduz o custo, pois vão para os torneios e, em vez de vir para o Brasil, voltam para a Espanha". No final dos torneios, o grupo começará a treinar em BH. Em relação aos estudos, Guga afirma que aproveita a interatividade dos meninos com computadores e celulares para que eles continuem estudando normalmente.
Lembranças A presença no trouxe várias recordações para o ex-número um do mundo. "Nossa, como aqui está mudado. Lembro-me de que ali - apontava para seu lado esquerdo -, tinha uma quadra de futsal. Joguei aqui por seis anos no Torneio do para a base, um dos maiores que tínhamos no Brasil."
Ele considera primordial para o desenvolvimento do tênis no Brasil o cuidado com a formação de atletas, o que não havia, segundo ele, no período em que jogava. "Acredito que na minha época não houve uma preocupação com a base, com a formação, com o professor. Se a aula de tênis for ruim, a criança virá duas, três vezes, e depois largará. É preciso dar tranquilidade para que esse professor trabalhe. É necessário dar um incentivo para a parte educativa do tênis". Ele ressalta que o projeto não é exclusivo para sócios dos clubes parceiros. "Esses são os pontos de referência. Mas há espaço, também, para não sócios."
Para ele, os mineiros Marcelo Melo e Bruno Soares têm grande importância nesse momento para o desenvolvimento do tênis no país. "Eles são os âncoras do esporte no Brasil. A televisão já transmite jogos de duplas. Isso não acontecia. Os holofotes estão voltados pra eles. Já me emocionei com o Marcelo. Ele foi a Florianópolis uma vez pra conversar comigo. Não sabia se seguiria jogando. Se queria simples ou duplas. Tinha de ter patrocínio. Aconselhei-o a continuar jogando e experimentar simples e duplas. O patrocínio viria depois. Tudo deu certo."
Os números do
projeto em Minas
4 parceiros
( e Belvedere, em BH; Praia Clube, em Uberlândia; e Academia PQ Tênis, em Juiz de Fora)