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O Globo Online (RJ) ( Tecnologia ) - RJ - Brasil - 11-03-2019 - 10:35 -   Notícia original Link para notícia
Impressão 3D: a materialização de objetos viralizou

A tecnologia vem se difundindo com velocidade e deve movimentar, no plano global, US$ 35,4 bilhões em 2020


De projetos arquitetônicos acalçados, de automóveis ajo ias, de brinquedos a órgãos humanos. Rompendo os limites da imagem plana, tudo pode ganhar reprodução tridimensional em tempos de indústria 4.0, caracterizada pelo uso intensivo da tecnologia digital. A materialização de objetos pela impressão 3D chegou para ficar na rotina de empresas de diversos ramos da economia, antecipando em protótipos de material plástico as formas de peças, produtos e até construções.



SCIENCE PHOTO/FOTOLIAFuncionamento. O processo combina software, hardware e insumo para compor objetos de plástico com base num modelo digital e especificações de tamanho e textura


A prototipagem rápida ou fabricação aditiva, como também é conhecida a impressão 3D, surgiu nos anos 1980 e deslanchou no mercado no início da década, nos Estados Unidos. O processo combina software, hardware e insumo para compor objetos de plástico com base num modelo digital e especificações de tamanho e textura. Pela rapidez e exatidão, a tecnologia deflagrou uma revolução na indústria, na arquitetura e no design, que antes demandavam trabalho demorado para confeccionar protótipos, maquetes e outros modelos.


Coma procura crescente por parte das empresas, a fim de reduzir custos e apressar inovações, a impressão 3D tem campo aberto como serviço especializado. O Brasil, onde a tecnologia vem se difundindo nos últimos quatro anos, não dispõe de projeções sobre o potencial desse negócio, mas, no plano global, a consultoria norte-americana International Data Corporation (IDC) estima que o mercado 3D cresce a uma média de 24% ao ano evai movimentar US$ 35,4 bilhões em 2020, com a venda de máquinas, suprimentos, software e serviços.


PROTOTIPAGEM


Em 2015, quando a oferta de impressão 3D começava a ganhar visibilidade no país, o engenheiro naval Marcos Vieira decidiu apostar na demanda, após perder o emprego, adquiriu uma impressora e passou a prestar o serviço em casa, em Niterói. "Foi uma oportunidade que veio da necessidade", lembra. Passados quatro anos à frente da Uni verse 3 D, Marcos comanda quatro máquinas, operadas coma ajuda de um colaborador, e tem no histórico de atendimento clientes como emissora de tevê, agências de publicidade e estaleiros, além de pessoas físicas.


"Ocarro-chefeéa prototipagem. As empresas querem simulara aplicação de uma peça sem ter que produzi-la em metal. Isso caiu no gosto de quem desenvolve produtos", afirma Marcos Vieira. E observa que, para começar como ele, um pequeno empresário precisar investir em torno de R$ 10 mil, incluídos equipamento, software, estoque inicial de insumo, legalização e site. O investimento, acrescenta, pode ter retorno em cerca de seis meses, dependendo do alcance da divulgação, capacidade de produção e qualidade do atendimento.


Os preços da impressão 3D variam conforme o tamanho e a complexidade do objeto, assim como da quantidade - de menos de R$ 100 aR $1.000, nocas ode peças comuns, ao passo que grandes projetos, de empresas de maior porte, podem custar milhares de reais. Como muitos clientes, sobretudo pessoas físicas, não dominam a criação dos modelos digitais, o trabalho também é oferecido no pacote de impressão. Modelagem e produção da peça têm peso mais ou menos equivalentes no preço final, explica o empresário.


Na Triddo Impressão 3D, com escritório e fábrica no Recreio dos Bandeirantes, o forte dos pedidos também é de protótipos de peças e novos produtos, mas também cresce a procura por maquetes arquitetônicas e brindes, conta um dos sócios, Thiago Fernandes. "O processo começa na concepção do projeto, tendo como segundo passo o desenho do modelo em 3D no computador, antes da impressão. O cliente pode chegar já com o modelo para a impressão, vir como produto ainda não modela doou sóter uma ideia a ser desenvolvida", explica.


Criada em 2015, a empresa já atendeu amais de 1,5 mil clientes de todos os portes, pessoas jurídicas e físicas, de acordo com Fernandes, que fez um investimento de cerca de R$ 30 mil para ingressar nesse mercado com capacidade inicial para executar grandes projetos. O capital incluiu a aquisição de duas impressoras de porte, mais sofisticadas. Nesse caso, estima o sócio da Triddo, a perspectiva de faturamento mensal é de R$ 15 mil aR $20 mil, com retorno do investimento entre 15 e 18 meses.


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