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Sete Lagoas S/A - MG ( Notícias ) - MG - Brasil - 07-03-2019 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Bons frutos da folia: bares, hotéis e restaurantes comemoram faturamento no Carnaval

Os bares, restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos comerciais da capital mineira continuam em festa após o Carnaval. Durante os cinco dias de folia, quem atua no segmento alimentício comemorou alta estimada de 10% no faturamento, na comparação com o ano passado, e conseguiu atingir a projeção de crescimento feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG). Os hotéis atingiram taxa de ocupação média de 80% e também celebraram o resultado, conforme dados do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana.

A possibilidade de chuva chegou a deixar alguns empresários receosos, mas as casas criaram estratégias para atrair o folião e garantiram uma renda extra importante para o resto do ano. "Quem enxergou a oportunidade que o Carnaval representa, e trabalhou em função disso, colherá os frutos desse esforço", afirma Ricardo Rodrigues, presidente da Abrasel-MG.

Daniel Ribeiro, proprietário do bar Redentor, na Savassi, conseguiu faturar acima da média. Ele registrou um aumento de 20% em relação ao ano passado e recebeu cerca de 3.000 pessoas nos cinco dias de evento. "É um número muito bom, motivo para comemorar", diz.

Para atrair tanta gente, o bar começou a se preparar bem antes, desenvolvendo pratos e drinks especiais, como os coquetéis a base de catuaba. Os gestores também contrataram quatro funcionários temporários e três seguranças particulares, que podem se dar bem mesmo com o fim do contrato.

"Estamos pensando em efetivar alguns deles, porque ficamos satisfeitos com o trabalho, e a expectativa para este ano é muito boa, o mercado está crescendo", afirma Ribeiro. Diante do sucesso, ele já começou a se preparar para a folia do ano que vem. "Vamos organizar um bloco próprio, em parceria com outros comerciantes e moradores da região", conta.

Já José Márcio Ferreira, proprietário do Barba Azul, localizado na avenida Getúlio Vargas, enfrentou burocracia para lucrar com a festa, mas conseguiu contornar. "Tivemos dificuldade para que a prefeitura autorizasse a colocação de cadeiras para os clientes e a contratação de uma banda, mas conseguimos resolver e acabou dando tudo certo", diz ele, que comemorou o faturamento extra no Carnaval, apesar das intercorrências.

De sexta a terça-feira, o bar vendeu 4.000 pratos de feijão tropeiro e macarrão na chapa, por R$ 15 cada. Os espetinhos também tiveram boa saída: 2.000 unidades, a R$ 8 cada um.

Para arcar com os custos de uma banda e garantir as marchinhas para a clientela durante toda a festa, o proprietário fez parceria com o bar vizinho, que dividiu os gastos. "Dá um jeito. Chama o vizinho para conversar, faz uma parceria, todo mundo sai ganhando".

Provando que não há limites para a visão empreendedora, até mesmo os banheiros serviram como forma de lucrar na folia. No Maria das Tranças, unidade da Savassi, os sanitários ficaram disponíveis por R$ 3 e foram usados como estratégia para atrair o folião. "As pessoas entram para usar o banheiro e acaba comprando alguma coisa, ou compram só para usar", afirma o presidente da Abrasel-MG, Ricardo Rodrigues, que também é proprietário do espaço.

Taxa média de ocupação em hotéis sobe de 55% para 75%

A hotelaria não pode reclamar. Com a consolidação do Carnaval em 2019, a Taxa de Ocupação média do setor saltou de 55% para 75%, conforme afirma o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (SindHorb), Paulo Pedrosa. O comércio também estima ter alcançado a meta de movimentar R$ 1 bilhão durante a festa momesca.

"Belo Horizonte finalmente se consagrou como destino de quem quer aproveitar o Carnaval. Esse movimento começou em 2017 e aumentou em 2018, mas foi em 2019 que colhemos os frutos", diz Pedrosa. O aumento da movimentação gerou, inclusive, a contratação de empregados temporários, comenta o representante do setor.

Com nove unidades em Belo Horizonte, a rede MHB registrou Taxa de Ocupação média de 85% durante a festa. O índice é bem maior do que a média verificada durante outros períodos, de 54%.

"A evolução do Carnaval vem em uma crescente espantosa. Recebemos muitos hóspedes do interior de Minas, mas neste ano veio bastante gente de São Paulo e do Rio também", afirma o diretor Comercial da rede, Ricardo Carmo.

A de Belo Horizonte (-BH) ainda não fechou o balanço, mas o presidente da entidade, , acredita que as projeções realizadas antes da festa foram atingidas. "Temos a nítida percepção de que as vendas foram bem maiores do que nos anos anteriores. Tinha muita gente em Belo Horizonte e o consumo foi alto", diz.

Pesquisa realizada pela -BH aponta que os empresários previam que o gasto médio do folião fosse de R$ 52,76 por dia. O presidente calcula que cada pessoa tenha desembolsado R$ 211,04 nos quatro dias.

Somente uma das sete unidades da distribuidora de bebidas Big Beer vendeu, em quatro dias de festa, 40 mil latões de cerveja. Focados nos ambulantes, eles funcionaram durante todo o Carnaval das 5h às 22h e chegaram a montar um ponto de apoio às vendas na avenida Brasil. "Montamos um caminhão com produtos mais vendidos, como cerveja, água e refrigerante", afirma o gerente, Saulo Cruz.

Ele destaca que o fato de as lojas ficarem próximas aos blocos é um incentivo às vendas. "Na loja da Antônio Carlos, que é a única fora do circuito de blocos, registramos 700 atendimentos por dia, em média", comemora. (Tatiana Moraes)

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Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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