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Isto é - SP ( Brasil ) - SP - Brasil - 01-03-2019 - 19:55 -   Notícia original Link para notícia
O desdobramento dos smartphones

Chinesa Huawei e sul-coreana Samsung lançam celulares com telas que dobram e deixam a americana Apple para trás


Luisa Purchio


01/03/19 - 09h30CONCORRÊNCIA A CFO da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa sob acusação de ter violado sanções internacionais


Surgiu uma nova categoria de smartphones que muda os rumos da tecnologia: o celular dobrável. Híbrido de celular com tablet, ele proporciona ao usuário tanto a experiência de carregar um aparelho pequeno, que cabe em uma mão e é de fácil manuseio, quanto poder transformá-lo em uma tela grande com até 8 polegadas, em que é possível abrir vários aplicativos ao mesmo tempo. No domingo 24, a chinesa Huawei, segunda companhia que mais fabrica celulares do mundo, apresentou seu modelo Mate X, na Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o maior congresso mundial de telefonia móvel. Além de dobrar, o aparelho já vem com 5G, uma conexão tão rápida que, segundo a empresa, conseguiria fazer o download de um vídeo de 1 GB em apenas três segundos. A previsão é que chegará ao mercado internacional apenas no final de 2019, e o preço estimado é tão impressionante quanto o próprio aparelho: US$ 2.600, cerca de R$ 9.700.


A chinesa veio na cola da Samsung, que ocupa o primeiro lugar como maior fabricante de smartphones do mundo. Uma semana antes, em São Francisco, a sul-coreana também apresentou seu primeiro modelo dobrável, o Samsung Galaxy Fold. Igualmente preparado para o 5G, o modelo possui diferenças em relação ao chinês, como a maneira que dobra sua tela. O Galaxy Fold se fecha "para dentro", como um livro, e tem duas telas, uma para o formato menor e outra para quando está aberto. A rival tem apenas uma tela, que dobra "para fora" e fica menor porque se divide ao meio. O valor da Samsung é mais convidativo que o do concorrente, US$ 2 mil (cerca de R$ 7.500), uma diferença que se reflete no aparelho.


A tela do Samsung é ligeiramente menor quando está aberto, 0,7 polegadas a menos em relação ao modelo da Huawei. Além disso, quando fechado tem 14mm de espessura, três a mais que o concorrente. A memória também possui leves discrepâncias. O modelo da Samsung, apesar de ser superior quanto à RAM, com 12 GB, não consegue expandir sua capacidade de armazenamento de 512 GB. Já o aparelho da Huawei possui 68 GB de memória RAM e consegue ampliar o armazenamento. As câmeras de ambos impressionam, assim como as baterias duplas de alta capacidade de armazenamento. Apesar dos dois modelos permitirem carregamento de bateria sem fio, a chinesa possui o super charge de 55W, que permite recuperar até 85% da bateria em apenas 30 minutos.


Corrida tecnológica


Independente das diferenças, o fato é que o mercado de celulares entrou por uma nova rota. É de se surpreender que a americana Apple não esteja lado a lado na inovação, já que outrora foi quem mais revolucionou a relação dos consumidores com os aparelhos móveis. O presidente americano, Donald Trump, está incomodado com a liderança da Huawei, mas os motivos são outros. No ano passado, ele proibiu o uso da tecnologia da chinesa pelo governo por acreditar que é uma ameaça à segurança nacional. A CFO e filha do cofundador da empresa, Meng Wanzhou, chegou a ser presa sob acusação de ter violado sanções internacionais para fazer negócios com o Irã e pagou uma fiança de US$ 7,5 milhões. Agora os "applemaníacos" torcem pela chegada do iPhone dobrável. E aqueles dispostos a desembolsar milhares de dólares pelos aparelhos já anunciados terão de torcer para que sua durabilidade seja tão satisfatória quanto a inovação de suas telas.


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