Em visita ao Brasil para promover plataforma em nuvem, diretor executivo da gigante americana defende expansão do uso da tecnologia para aumentar eficiência de serviços públicos. IBM anuncia criação em SP de centro de pesquisas na área

Cada vez mais presente no cotidiano, a inteligência artificial( IA)éca paz de escolheramelhorrot apara fugir de congestionamentos, indicar seriados de acordo como gostodec adau suário d estre ami ng e até compor música. Mas todo esse poder de processamento também pode ser usado para aumentar o faturamento de empresas e tornar serviços públicos mais eficientes. Esse foi o recado deixado ontem pelo diretor executivo da Microsoft, Satya Nadella, em um evento em São Paulo.

- Temos uma enorme oportunidade de gerar avanços em tecnologias digitais, e especificamente em IA, para empoderar cada pessoa ecada organização no Brasil a conquistar mais -afirmou.

Para mensurar o peso das aplicações em inteligência artificial na economia brasileira, a gigante americana de software encomendou um estudo da Fundação Getúlio Vargas que investigou o impacto da introdução da tecnologia em mercados importantes no país: agronegócio, transporte e comunicação, óleo e gás e administração pública.

APOIO À EDUCAÇÃO

Juntos, esses setores respondem por 36,4% do Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é que as aplicações de IA apenas nesses setores podem impulsionar o crescimento do PIB em 6,43% no acumulado de 15 anos.

Nadella citou o uso da plataforma em nuvem da Microsoft, Azure, no mercado brasileiro - cuja expansão é um dos principais objetivos de sua visita ao país. Ele deu como exemplo o Rock in Rio, que montou um sistema para receber mais de 300 mil requisições simultâneas por minuto usando a plataforma.

-Temos oportunidades no Brasil e queremos fazer isso trazendo as ferramentas que possuímos - disse o executivo. - Não estamos parando na infraestrutura. Temos uma visão mais ampla da esfera de atuação da Azure.

Para impulsionara adoção da IA no país, a Microsoft anunciou a assinatura de um acordo de cooperação com Senai e Sesi para capacitação damão de obra. Já estão na internet quatro cursos gratuitos sobre o tema, disponíveis para 3 milhões de alunos das duas instituições e também para qualquer interessado no tema. O convênio prevê ainda a criação de um plano de formação de profissionais em inteligência artificial.

-Educar os jovens brasileiros comas tecnologias da chamada Indústria 4.0, como a Inteligência Art ifi cial, é fund amental para o Brasil acompanhara revolução tecnológica - afirmou Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do SESI. - Profissionais qualificados são a chave para o país se inserir nesse movimento global, que vai determinar a geração de novos empregos e a qualidade de vida das pessoas.

Outra gigante americana da tecnologia, a IBM, também anunciou ontem investimentos no desenvolvimento da área no Brasil. A companhia vai criar um centro de pesquisa em IA em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O centro, que ficará no estado de São Paulo, fará parte da rede IA Horizons Network (IAHN), criada pela IBM, que tem unidades nos EUA e uma na Índia. A brasileira será a segunda fora do território americano.

Segundo Ulisses Mello, diretor de centro de pesquisas da IBM no Brasil, o centro no Brasil terá como foco desenvolver estudos nas áreas de recursos naturais, agronegócio, meio ambiente, finanças e saúde. Ao longo de dez anos, receberá investimento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 75 milhões). Por ano, IBM e Fapesp devem investir US$ 500 mil, cada. Outra parte do investimento virá de uma ou mais universidades interessadas em participar da iniciativa, o que será definido até abril.