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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 12-02-2019 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio de BH cresce mais que o esperado

A expectativa da era de um resultado inferior a 2% em 2018, mas os números oficiais mostram crescimento de 2,5%, mesmo com servidores sem 13º e greve dos caminhoneiros
O comércio da capital mineira comemora o melhor resultado de vendas dos últimos quatro anos, com crescimento acumulado de 2,5% em 2018, na comparação com o ano anterior. O aumento superou a expectativa inicial de 1,8% prevista pela de Belo Horizonte (/BH). De acordo com o presidente da entidade, , no entanto, o desempenho poderia ter sido mais favorável não fossem acontecimentos como a greve dos caminhoneiros, em maio, as eleições e o não pagamento do 13º salário pelo governo de Minas. Para o este ano, a perspectiva é de crescimento de 3,5%.

"O resultado mostra que o Brasil está saindo da crise dos últimos três, quatro anos", afirma Souza e Silva. O setor de veículos e peças liderou a evolução nas vendas, com aumento de 4,6% no ano passado, em relação a 2017. Os supermercados aparecem logo em seguida e tiveram 3,78% de alta nas vendas. Em terceiro lugar, com 2,3%, ficou o setor de móveis e eletrodomésticos, quase empatados com drogarias e cosméticos (2,27%) e material elétrico e construção (2,26%). Artigos diversos registraram alta de 2,75%.

"É uma média bastante positiva pelos acontecimentos de 2018. Teve a greve dos caminhoneiros, a Copa do Mundo, as eleições muito preocupantes. Esse parcelamento do salário e o não pagamento do 13º salário traz um grande impacto", diz o presidente da entidade, que tomou posse ontem.

A pesquisa Termômetro de Vendas do /BH apontou aumento de 359% em dezembro de 2018, em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram setores de vestuário e calçado, além de supermercados. Por motivos estratégicos, a /BH não divulga os números do faturamento, apenas os percentuais.

CENÁRIO FAVORÁVEL A entidade atribui a melhora no desempenho do comércio à queda da taxa de juros, à queda da inflação e do desemprego em relação ao ano passado. Para que as perspectivas de crescimento de 3,5% neste ano se confirmem, a /BH espera que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpra as promessas de campanha, como a redução da carga tributária.

"O investimento em infraestrutura foi promessa de Bolsonaro, que agora tem que cumprir. A gente tem uma malha destruída, não tem transporte por trilhos. Estamos esperando outras promessas de simplificação, desburocratização, um imposto mais justo, até a redução de impostos. Cobramos para que ocorra um ambiente de crescimento", afirma.

Ele também cita as reformas previdenciária e tributária. "Elas vão trazer conforto e tranquilidade jurídica para que ocorram investimentos externos", completa o presidente. tomou posse ontem para o próximo triênio na presidência da entidade. Entre 2013 e 2015, ele foi secretário municipal adjunto de Desenvolvimento Econômico e Secretário da Regional Centro-Sul do governo do ex-prefeito de BH Marcio Lacerda.



Tragédia em Brumadinho



Segundo o presidente do /BH, , existe um receio do setor de que o rompimento da barragem da Mina Córrego de Feijão, da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana, afete o desempenho do comércio. O desastre já deixou 165 mortos e 155 pessoas continuam desaparecidas. "Diretamente ou indiretamente, a Vale participa e muito da venda do nosso estado. Tem muitos empregados e prestadores de serviço, o que deixa de imposto é muito relevante na nossa economia", afirma. Junto com outras entidades, a também estuda medidas para incentivar o comércio da região afetada, como a compra de suprimentos dos empresários de Brumadinho.


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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