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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 07-02-2019 - 00:01 -   Notícia original Link para notícia
BC mantém Selic em 6,5% na 1ª reunião do ano

Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve ontem a taxa Selic em 6,5% ao ano, na primeira reunião do órgão do ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a decisão, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.

Em comunicado, o Copom informou que a manutenção dos juros em níveis baixos depende do progresso de reformas estruturais da economia brasileira. Segundo o BC, a percepção de continuidade dessas medidas afeta as expectativas econômicas.

Em relação ao cenário externo, a nota indicou que diminuiu o risco de inflação provocada por instabilidades na economia internacional. Isso porque fatores como as disputas comerciais e o Brexit - saída do Reino Unido da União Europeia - podem fazer a economia global desacelerar neste ano.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2018, o indicador fechou em 3,75%, contra 2,95% em 2017. O índice de janeiro só será divulgado na sexta-feira (8).

Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Crédito mais barato - A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC projetava expansão da economia de 2,4% para este ano. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos preveem crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2019.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Setores - Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) ponderou que a manutenção da taxa básica de juros deve ser acompanhada de condições de acesso ao crédito.

Para o presidente interino da Fiemg, René Wakil Júnior, a política monetária com juros baixos é importante mecanismo para a retomada do crescimento econômico, aliada a aprovação da reforma da Previdência, que conta com mobilização dos industriais mineiros. "São ações fundamentais

para melhoria do ambiente de negócios no Brasil", disse.

Já a de Belo Horizonte (-BH) entende que o patamar ainda não é o ideal para os setores de comércio e serviços.

"Para o varejo, a continuidade da queda dos juros é um fator primordial para fomentar o crédito e o consumo, bem como alavancar a atividade econômica, criando assim, um ambiente favorável para a expansão dos negócios. Ao reduzir a taxa Selic, o crescimento econômico é incentivado, pois os investimentos são estimulados, o que leva à geração de emprego e renda, e consequentemente estimula o consumo das famílias", destacou a entidade em nota. (Com informações da ABr)


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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