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O Globo Online (RJ) ( País ) - RJ - Brasil - 23-01-2019 - 07:29 -   Notícia original Link para notícia
Em Brasília, um baque no grupo de WhatsApp do PSL

Usuários do aplicativo, políticos do partido do governo reclamam da restrição de mensagens a cinco destinatários e se queixam de 'censura' e 'cerceamento'


Adecisão do WhatsApp de limitar o reenvio de mensagens a apenas cinco contatos provocou reclamações entre políticos do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.



MICHEL FILHO/2-12-2015


Reclamação. Medida do aplicativo de mensagens desagradou a correligionários de Bolsonaro


Nem mesmo a informação de que a medida foi adotada pela rede social para coibir a propagação de notícias falsas agradou os parlamentares que reclamaram, e muito, da restrição.


-Penso que a medida fere o direito à informação. Estamos criando censura. O correto e legal é o aplicativo ter formas de identificar e localizar as pessoas que praticam crimes para a punição -disse o deputado Delegado Waldir (GO), hoje líder do PSL na Câmara.


-Essa limitação (de cinco destinatários) não impedirá as condutas criminosas como a disseminação de notícias falsas -completou.


-Acredito que esta medida visa restringir a comunicação das pessoas neste aplicativo -afirmou o deputado eleito Nelson Barbudo (PSLMT), famoso por sua conta no YouTube. -Como toda democracia necessita de comunicação ampla, não vejo isso com bons olhos.


A deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) classifica a medida como uma tentativa de "dificultar a vida de quem usa o WhatsApp como um meio de comunicação em massa".


-Antes a gente podia encaminhar mensagens pra quantas pessoas a gente quisesse. Esse número caiu para 20 e depois para 5. É uma tentativa boba de cerceamento, de censura. Fere a liberdade e a democracia. Quem precisa mandar mensagens para mais pessoas vai ter mais trabalho, e faz diferença na articulação política, torna a coisa mais morosa -afirmou.


O novo limite do WhatsApp já estava sendo testado na Índia, após casos de homicídios e linchamentos provocados pela difusão de boatos pelo aplicativo. O anúncio da ampliação da medida para o resto do mundo foi feito na última segunda-feira. Tão logo soube da restrição, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou em conta pública: "Sério isso? Então vamos para Wickr me, Signal, Telegram...", se referindo a aplicativos concorrentes.


Para o deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG), o limite "é algo injustificável" e na decisão podem estar implícitos interesses escusos, contrários ao presidente Jair Bolsonaro.


-Pode refletir interesses escusos de pessoas incomodadas com a velocidade de difusão da informação. Como o Brasil inteiro sabe, uma das principais ferramentas utilizadas por todo o povo brasileiro para tornar a eleição do presidente Bolsonaro possível foi, justamente, o WhatsApp -disse o parlamentar.


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