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Isto é Dinheiro online ( Economia ) - SP - Brasil - 12-01-2019 - 08:30 -   Notícia original Link para notícia
Perfume de um novo tempo

Criada por Filipe Sabará, a Reload Beleza Positiva quer se firmar como opção sustentável para disputar o mercado de beleza com as gigantes Natura e Avon


Grandes planos: Filipe Sabará, de 35 anos, quer começar a exportar os produtos da Reload para EUA e Europa no segundo semestre de 2019


Felipe Mendes


11/01/19 - 11h00 - Atualizado em 11/01/19 - 16h16


Muitos se perguntam sobre como aplicar a logística reversa da garrafa PET e, ainda assim, conseguir gerar renda. Embora a resposta não seja cristalina, o hoje empresário Filipe Sabará, 35 anos, já pensava em solucionar a equação quanto tinha nove anos. "Sempre pensei como as coisas são feitas e sobre como acabamos aceitando situações inaceitáveis", recorda Sabará, que também é fundador da ONG Arcah, que promove a reintegração social de pessoas em situação de rua. Seu projeto para o reaproveitamento de embalagens plásticas, no entanto, demorou para acontecer. Foi somente em 2013, quando resolveu criar a marca Reload Beleza Positiva, ao lado das irmãs Sofia e Eduarda Derani, que Sabará conseguiu colocá-lo em prática. Na ocasião, os três investiram R$ 10 milhões para a formulação e produção de cosméticos livres de ativos tóxicos, com embalagens recicladas e parceria com fornecedores de matérias-primas naturais.


Renovada: Reload Beleza Positiva volta ao mercado com nova linha de xampu e condicionador


O estoque acabou e, em dezembro de 2018, a marca passou por um retrofit para voltar ao mercado com uma nova linha de cosméticos. Sabará investiu R$ 7 milhões para transformar o negócio em uma marca que preconiza a sustentabilidade em todos os âmbitos. "Relancei a Reload com seu conceito original. É a primeira marca de cosméticos do mundo a reutilizar as garrafas PET", diz. A proposta é disputar mercado com as gigantes Natura e Avon não apenas no Brasil como também em outros continentes. A empresa começará a exportar sua produção no segundo semestre deste ano, para os EUA e países da Europa. Mas isso acontecerá aos poucos. Num primeiro momento, apenas xampus e condicionadores estão sendo desenvolvidos. Eles são produzidos por agricultores familiares, com ingredientes naturais, como óleo de moringa, não testados em animais. "Já temos mais de 50 fórmulas desenvolvidas no 'pipeline'", conta.


A Reload pretende atuar sob o pilar da economia circular. Nas lojas Mundo Verde e em redes de drogarias, que vendem os cosméticos, serão instalados coletores para que os consumidores possam fazer uma troca benéfica ao meio ambiente. Quem descarta garrafas PET nas lojas recebe descontos que podem chegar a 30% para a compra de produtos Reload - eles também podem ser adquiridos no e-commerce da marca. "A ideia é incentivar as pessoas a devolver as embalagens. Aquelas que não estão em boas condições, amassadas ou danificadas, nós reciclamos", afirma. "Mais de 90% delas acabam se tornando novos produtos." Para o reaproveitamento, a Reload firmou parcerias com grandes indústrias, como a Minalba Brasil, mas também realiza coleta em bares, hotéis e restaurantes. Após recolocar a Reload nos trilhos, Sabará deixa o projeto nas mãos de Teodoro Bava. Seu novo desafio, no entanto, não será nada fácil. Ele assume, na sexta-feira 11, a presidência-executiva do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, ao lado da primeira-dama Bia Doria, no governo de João Doria (PSDB).


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