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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 20-12-2018 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Lojas receberão 9,3 milhões de consumidores na reta final

Segundo a -BH, pelo menos 53% das pessoas deixam as compras para o último mês do ano
Nem todo mundo consegue se planejar e fazer as compras de Natal com antecedência. De acordo com dados apurados em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 9,3 milhões de pessoas pretendem realizar as compras de Natal nesta semana, o que representa 8% dos consumidores que têm a intenção de presentear alguém neste fim de ano. O percentual é similar ao observado no Natal do ano passado, que estava em 9%. Segundo a -BH, 53,8% dos consumidores deixam para comprar os presentes de Natal em dezembro.

A advogada Laura Pereira é um exemplo desse perfil de consumidor. "O único presente que comprei foi o da minha mãe, pois já tinha definido o que comprar", diz. Ainda assim, a compra não foi feita com muita antecedência, aconteceu na última terça-feira. O restante dos presentes será comprado no domingo, e o motivo para deixar tudo para as vésperas do Natal foi uma viagem à trabalho. "Aliás, eu não costumo comprar com muita antecedência", diz.

O levantamento mostra que, entre os que postergaram as compras natalinas para a última hora, a principal justificativa é a espera por promoções-relâmpago (55%) que podem ajudar a economizar na aquisição de presentes. Outros 22% estão aguardando o pagamento da segunda parcela do 13º salário, enquanto 14% alegam falta de tempo para procurar todos os presentes da lista.

Há ainda 14% de entrevistados que admitem falta de organização e 5% que culpam a preguiça de fazer compras, deixando a tarefa para o limite da data comemorativa. A pesquisa também mostra que 2% dos entrevistados vão adiar as compras natalinas para janeiro de 2019, preferindo aproveitar as liquidações de início de ano.

O superintendente do Shopping Contagem, Bruno Linhares, diz que é tradição as compras de última hora. "Esta semana é responsável por 35% das vendas do mês", observa. Para ele, são vários os motivos que fazem com que os consumidores deixem para comprar os presentes natalinos nos últimos dias que antecedem a data, entre eles o pagamento da segunda parcela do 13º salário, além da tradição de deixar para comprar em cima da data.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar as compras de Natal para a última hora é uma atitude equivocada para quem pretende economizar. "É uma ilusão esperar que as lojas venham a oferecer grandes promoções faltando poucos dias para o Natal", diz. Para o educador financeiro do SPC Brasil José Vignoli, o ideal é fazer uma lista de todos os presenteados e fixar um valor do quanto se pode gastar.

Mais da metade vai se presentear

Natal não é época apenas de troca de presentes, mas de aproveitar o período para se presentear. É o que pretendem fazer 54% dos consumidores entrevistados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O percentual é superior ao de 2017, quando essa intenção era de 47%.

Para a economista-chefe do SPC Brasil Marcela Kawauti, o Natal, é uma ocasião perfeita para a autogratificação, uma forma de se recompensar pelo trabalho e pelas dificuldades enfrentadas ao longo do ano. "Só que esse agrado precisa ser planejado para não criar dificuldades financeiras no ano que se inicia. O melhor presente que alguém pode dar a si é a garantia de um orçamento organizado e saudável", diz.

A jornalista Jéssica Torres vai se presentear neste ano. "Pretendo comprar uma bicicleta com marchas", conta. A ideia é buscar uma vida mais saudável.

Vendas pela internet são mais comuns

Empresários da capital estão ampliando as ações de vendas pela internet, segundo levantamento da Fecomércio-MG. No período de um ano, o percentual de lojas que trabalham com e-commerce saiu de 22,1% para os atuais 28,8%. É o maior índice registrado pela pesquisa desde junho de 2015. No mesmo período, o total de consumidores com acesso à internet que fez compras no ambiente virtual oscilou de 54,6% para 58,4%. Em maio do ano passado, o número foi de 61,6%.

Entre os atrativos para as compras online estão a praticidade de escolher e receber o produto em casa (46,4%) e a perspectiva de pagar menos.

Para o economista da entidade, Guilherme Almeida, existe um grande potencial de crescimento, uma vez que mais de 82% da população da capital têm acesso à internet.

Fim de semana

"Sexta de noite, sábado e domingo devem ser responsáveis por 15% das vendas de dezembro, com auge no sábado."

Bruno Linhares

Superintendente do Shopping Contagem


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