Carlos da Costa, que cuidará das atribuições do Ministério do Trabalho que forem para a pasta de Economia, defende mudanças

Ofuturo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou ontem que o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai rever todas as políticas atuais de geração de emprego. Até o Sistema Nacional de Empregos (Sine) - uma ferramenta para fazer com que trabalhadores encontrem vagas disponíveis no mercado -deve passar por uma análise. Costa confirmou que assumirá todas das atribuições do Ministério do Trabalho que forem para a pasta da Economia quando Bolsonaro tomar posse, em janeiro.

Segundo o futuro chefe da área de produtividade, a ideia é avaliar os programas atuais e dar um foco geral na qualificação de pessoal.

- Vamos rever todas as políticas - frisou. - Precisamos ter as melhores práticas globais.

Ele elogiou algumas iniciativas atuais, como, por exemplo, o programa Brasil Mais Produtivo. Comentou que é um exemplo de iniciativa que deu certo, mas evitou dizer que será ampliado. Argumentou que, apesar de o programa ser bem-sucedido, ainda tem um alcance muito reduzido.

O Brasil Mais Produtivo, que objetiva aumentar a produtividade das fábricas, abarca apenas 3 mil empresas atualmente. Segundo Costa, é preciso verificar se a proposta teria efeito se fosse estendida a todo o país.

Na avaliação do futuro secretário, o país tem capacidade para crescer 5% ao ano. Mas precisa melhorar sua produtividade. Para isso ocorrer, segundo o economista, é preciso investir em pessoas, melhorar o ambiente de negócios e diminuir a burocracia. Costa falou que hoje o governo tem 51 órgãos para cuidar da produtividade. E que só isso mostra como o país está atrasado.