A terceira idade deixou de ser uma fase tranquila, propícia para colher os frutos de anos de trabalho, para se tornar um período de muita luta. Com os filhos desempregados, cada vez mais dependentes financeiramente e ainda morando com os pais, quase metade dos idosos brasileiros (43%) é responsável pelo pagamento de contas e despesas do lar. A maioria deles só consegue arcar com esses custos com empréstimos. Tanto que 75% dos aposentados e pensionistas de Minas Gerais tomaram crédito consignado. É uma dívida somada de R$ 74 bilhões, cifra suficiente para tirar o sono de 2,4 milhões, dos 3,2 milhões, de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado.Dados levantados pelo INSS, a pedido da reportagem, mostram que o cenário é muito parecido em todo o Brasil. Dos 27,68 milhões de beneficiários da Previdência do país, 21,45 milhões estão tendo descontados em seus pagamentos mensais parcelas do crédito consignado. Um total de R$ 717 bilhões em empréstimos ativos que, não necessariamente, vão todo para custear necessidades dos beneficiários, como mostra pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).Entrevistados: Alexandre Miserani (analsita econômico); Marlene (aposentada)
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