Ministro do Planejamento, Esteves Colnago, ficará como secretário adjunto da Fazenda. Marcelo Guaranys, atual assessor na Casa Civil da Presidência, será secretário-executivo do Ministério da Economia

Ofuturo ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou ontem mais seis nomes para chefiar secretarias na pasta, incluindo alguns integrantes do governo Michel Temer. Entre eles, Marcelo Guaranys, que será o secretário executivo, segundo posto mais importante no ministério, e Esteves Colnago, que ocupará o cargo de secretáriogeral adjunto da Fazenda. Guaranys atualmente é assessor na Casa Civil da Presidência na atual gestão, e Colnago, o atual ministro do Planejamento. Também foram anunciados Waldery Rodrigues Júnior, que assumirá como secretário-geral da Fazenda; Paulo Uebel, que será o secretáriogeral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital; Gleisson Cardoso, que ficará como secretário-geral adjunto de Desburocratização; e Carlos da Costa, que será o secretário-geral de Produtividade e Competitividade. Rodrigues Júnior e Uebel também são egressos do governo Temer. Rodrigues Júnior, desde 2016, estava cedido pelo Senado para a Assessoria Especial do Ministério da Fazenda. Uebel é especialista em direito tributário, financeiro e econômico. Ele tem passagens pela iniciativa privada e foi secretário municipal de Gestão da prefeitura de São Paulo. Também foi diretor executivo do Instituto Millenium, que Guedes ajudou a fundar.

PASSAGEM PELA ANAC

Guaranys é o atual subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil. Analista de finanças e controle do Tesouro Nacional, ele também já foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e assessor especial para infraestrutura na Casa Civil. Colnago, futuro secretário-geral adjunto da Fazenda, comanda o ministério do Planejamento desde abril deste ano. Ele também tem passagem por diferentes cargos no Ministério da Fazenda - que será substituído pelo Ministério da Economia -, no BNDES e no IRB Brasil RE. Já Gleisson Cardoso é o atual secretário-executivo do Ministério do Planejamento, tendo ainda exercido outros cargos de chefia na administração pública. Carlos da Costa, anunciado para a Secretaria-Geral de Produtividade e Competitividade, já foi diretor do BNDES e executivo na iniciativa privada.

Ainda não foi anunciado, no entanto, quem será o futuro secretário da Previdência.

COMANDO DAS ESTATAIS

Guedes já havia anunciado outros nomes importantes de sua equipe. À frente do Banco Central (BC) está o economista Roberto Campos Neto, que fez carreira em diversas instituições bancárias. O BNDES ficará a cargo de Joaquim Levy. Ele foi secretário do Tesouro no governo Lula e ministro da Fazenda em 2015. Também já foram divulgados os nomes que vão comandar as principais estatais. Para a Petrobras, o escolhido foi Roberto Castello Branco, economista que ocupou cargos de direção na mineradora Vale e no BC. Ele, além disso, já passou pelo Conselho de Administração da petrolífera. A presidência do Banco do Brasil ficará com Rubem Novaes. Ele já foi diretor do BNDES e presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ele e Guedes se conheceram quando estudavam na Universidade de Chicago, nos EUA. A Caixa, por sua vez, será comandada pelo economista Pedro Guimarães, sócio-diretor do banco Brasil Plural.