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Portal O Tempo Contagem ( Últimas Notícias ) - MG - Brasil - 02-12-2018 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio de rua promete Natal com preços de Black Friday

Lojistas de BH acreditam que promoções vão estimular positivamente possíveis consumidores
No Brasil, a Black Friday já virou "Black November" e, agora, vai invadir também o Natal, apontam comerciantes de Belo Horizonte. "Vamos manter alguns preços da Black Friday para atrair os clientes", conta a gerente Valéria Rezende de Miranda, da loja Rafa's Calçados. Posição similar tem a gerente financeira da loja de calçados Marlene Fantini, Patrícia Roberta Costa da Silva. "Com o resultado da Black Friday, estamos otimistas. Vamos utilizar preços fixos mesmo com a coleção nova. E, enquanto tivermos estoques, manteremos os preços da Black Friday", explica. "Com a economia ainda difícil, o que conta mesmo para o cliente é o preço".

As pesquisas sobre o tema corroboram a visão dos profissionais da área. A Federação do Comércio e Serviços Minas Gerais (Fecomércio-MG) apontou, em seu levantamento sobre as expectativas do comércio para a data, que 40% dos comerciantes da capital pretendem fazer alguma promoção. Segundo a pesquisa de intenção de compras no Natal da de Belo Horizonte (-BH), o fator que mais vai atrair o consumidor em 2018 será justamente o preço, apontado por 26% dos entrevistados. Esse é o caso da atleta Raísa Flaviana Nunes, 22, que pretende presentear mais nesse Natal em função da queda dos valores. "Não estou contente com a economia, mas percebi que os preços caíram. Acho que isso ocorreu em função da crise, os comerciantes estão sentindo", afirma.

A empresária Marly Rodrigues Gomes, proprietária da loja de roupas QBonita, também manterá alguns preços da promoção do dia 23 de novembro e espera crescimento nas vendas. "A expectativa para o Natal é boa, então estamos esperando um crescimento de 3% a 5% na comparação com 2017", afirma Marly. A pesquisa da -BH aponta que o crescimento das vendas no período deve ser de 3,1%.

Confiança

A dona de casa Luciana Magalhães Meireles, 32, conta que deve aumentar os gastos no Natal deste ano, mas está atenta aos preços. "Pesquisando, a gente consegue comprar presente para todo mundo, porque é muita gente, família, amigo oculto", conta. Luciana diz estar mais otimista com a economia do país em função do novo governo. Essa também é a visão do lojista Vicente de Paula Oliveira, proprietário do loja de roupas e acessórios especializada Túnel do Rock. "A mudança do governo desperta a confiança no consumidor. Conversamos com os clientes e vemos que estão mais otimistas", afirma o empresário, que também pretende manter preços da Black Friday para o Natal.

Volta do emprego impacta consumo

A pesquisa da Fecomércio-MG de intenção de compras no Natal deste ano apontou que 66,6% dos consumidores pretendem presentear no Natal em 2018, melhor índice desde 2014. No ano passado, 63,3% relataram a mesma intenção.

"A melhora nos índices de emprego no país estão aumentando a confiança do consumidor e dos empresários", avalia a analista de pesquisa da Fecomércio-MG, Elisa Castro.

Mesmo assim, alguns consumidores ainda relatam insegurança na hora das compras. "Vai ser um Natal de presentinhos. Vontade de comprar nós temos, mas ainda falta dinheiro no mercado", opina a assessora parlamentar Cássia Nunes, 68. A administradora aposentada Elisabete Palhares Silva, 66, pretende gastar com cautela. "Ainda fico insegura de gastar muito, porque a economia não está estabilizada. Espero que em 2019, com o novo governo, melhore", diz.

Demora do 13º pode atrapalhar

Apesar das boas expectativas dos lojistas, há quem não pretenda presentear no Natal."Não estou com expectativa de comprar nada e acho que essa é a resposta que a maioria do funcionalismo público estadual daria", afirma a servidora pública aposentada Nilde Alves de Souza, 68. "Meus filhos já são adultos, meus netos são compreensivos. Quando o 13º sair, dou um dinheirinho para cada um", conta.

O parcelamento do salários dos servidores foi apontado pelo presidente da -BH, , como um dos fatores que impedem resultados melhores para o comércio no Natal de 2018.

Otimismo

"Mesmo encerrando a Black Friday, vamos manter os preços. A expectativa para o Natal é positiva, e a gente espera crescimento em relação ao ano passado."

Valéria Miranda, 44

Gerente de loja

Novo governo

"Prefiro presentear com roupa e calçados. Se pesquisar, dá para achar presentes com preços bacanas. Em 2019, com o Bolsonaro à frente, acho que vai melhorar a economia."

Luciana Meireles, 32

Dona de casa


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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