Papai noel mais magro em BH: consumidor pretende gastar R$ 87 por presente
Embora o mercado tenha começado a dar sinais de retomada, o cenário econômico ainda incerto levou o consumidor a colocar o pé no freio neste Natal. Pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH) mostrou que o tíquete médio planejado é de R$ 87,80 por presente, redução de 18,6% em relação a dezembro do ano passado, quando a intenção era de gastar R$ 107,82.
Para , presidente da -BH, o resultado é uma resposta à instabilidade econômica e ao escalonamento dos salários de servidores públicos.
"Ainda sofremos com os reflexos do desemprego e do receio quanto à consistência das melhoras econômicas, mas Belo Horizonte também sente muito impacto do salário do funcionalismo público estadual, pois os atrasos afetam diretamente o comércio", diz.
Apesar da redução em valor, Falci destaca que o número de presentes por consumidor subiu e que a expectativa total de faturamento, de R$ 3,3 bilhões, é positiva em relação ao ano passado.
"Chegamos a uma média de quatro presentes por pessoa, um número que não víamos desde 2014. Então há motivos para comemorar. Além disso, o faturamento esperado é 3,1% maior que em 2017", afirma.
No caso da corretora de imóveis Sônia Lucarelli, a crise foi determinante na decisão de reduzir o número de presentes. "No ano passado, eu dei 20 presentes. Neste ano, serão apenas seis", diz ela, que vai desembolsar no máximo R$ 100 por lembrança. "No meu ramo, as coisas estão até começando a melhorar, mas ainda é hora de segurar o orçamento", afirma.
O administrador Bruno Patrus Nolli também decidiu apertar o orçamento natalino. Ele vem diminuindo progressivamente o número de presentes nos últimos quatro anos e neste ano decidiu que somente os familiares mais íntimos ganharão uma lembrancinha. "Temos que economizar", diz.
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