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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 24-11-2018 - 07:47 -   Notícia original Link para notícia
Varejista da Zona da Mata mantém os investimentos

Os empresários do comércio varejista da Zona da Mata conseguiram manter investimentos mesmo num cenário de crise. Dos estabelecimentos da região, 73,3% foram afetados pela recessão, mas apenas 2,4% fizeram cortes nos investimentos. O principal efeito sentido foi queda na receita de vendas, percebida por 90% dos comerciantes. Essas são algumas das conclusões do "Estudo sobre as regiões de Planejamento de Minas Gerais - Zona da Mata", realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).

Com 11,1% da população mineira e responsável por 8% do PIB do Estado, a Zona da Mata conta com 142 municípios. Entre as principais cidades estão Juiz de Fora, Ubá, Manhuaçu, Muriaé, Cataguases, Viçosa, Ponte Nova, Visconde do Rio Branco, Leopoldina e Santos Dumont.

De acordo com o estudo da Fecomércio MG, na Zona da Mata, a maior parte dos estabelecimentos comerciais - 23,4% - atua no setor de tecidos, vestuário e calçados. Em seguida estão os supermercados, com 22,9%. Osque trabalham com artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos correspondem a 20%. Aproximadamente 73% das empresas possuem até nove funcionários, se caracterizando como microempresas.

Dos setores que receberam investimentos dos comerciantes, o principal foi segurança, opção citada por 76,1% dos entrevistados. Na análise daFecomércio, tal característica não é positiva e mostra que o interior do Estado - assim como a Capital e região metropolitana - vem enfrentando problemas de segurança pública. E, ao direcionar recursos para a segurança, oscomerciantes deixam de investir em outras áreas que podem gerar maior competitividade, como qualificação e mix de produtos.

Também foram registrados investimentos em tecnologia da informação (69,8%); capacitação de funcionários (69,1%) e publicidade e propaganda (65,3%), entre outros.

Além disso, os empresários se mantiveram atentos a diferenciais competitivos, com 83% deles tendo implantado algum processo de inovação em seus negócios nos últimos 12 meses. Desse percentual, 70,8% lançaram produto novo ou com melhoria relevante; 48,1% introduziram alguma mudança na estrutura organizacional ou de marketing. Os 17% que não implantaram inovação apontaram os custos como empecilho.

Na opinião dos comerciantes ouvidos, as principais características que garantiram o sucesso do negócio foram variado mix de produtos (82,8%); estrutura da loja, vitrine (76,8%); crédito facilitado ao cliente (64,6%). Já o principal empecilho é a alta carga tributária, citada por 21,2% dos entrevistados.

Quanto ao comércio exterior, a participação dos empresários ainda é tímida. O estudo apontou que apenas 5% das empresas atuam nesse nicho, seja por importações e/ou exportações. Entre os motivos para não adesão a esse tipo de comércio estão o fato de a empresa ser pequena ou nova no mercado (32,68%) e falta de interesse (22,96%).

Perfil - O levantamento faz parte de série de estudos da Fecomércio MG que traçam o perfil econômico das empresas do setor varejista das dez regiões de planejamento do Estado. A Zona da Mata é a quinta área contemplada.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Zona da Mata apresentou, em 2015, PIB de mais de R$ 41,7 bilhões. Há predominância do setor de serviços, com 52,7% do total, seguido daindústria (19,2%) e agropecuária (5,8%).

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social ficam com 22,3%.

Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a região da Zona da Mata contava, em 2016, com mais de 100 mil estabelecimentos, sendo que 78% desses atuavam no setor de comércio e serviços.


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