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Isto é Dinheiro online ( Finanças ) - SP - Brasil - 17-11-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Bitcoin para todos

Gestora lança fundo de varejo que investirá em moedas virtuais. Saiba se essa aplicação é para você


Cláudio Gradilone


Investir em moedas virtuais, como bitcoin, ether, repo ou iota, é simples. O primeiro passo é se cadastrar em uma das dezenas de exchanges internacionais que negociam esses criptoativos. O passo seguinte é escolher quais dentre as 1.500 moedas virtuais existentes apresentam o maior potencial de valorização. Em seguida, é só baixar um aplicativo em seu celular que sirva como uma hot wallet. Se você estiver planejando investir por mais tempo, prefira um com funções de cold wallet. Aí, é só acompanhar o mercado e comprar ou vender na hora mais adequada, sem esquecer de prestar atenção a um possível fork da moeda. É ou não é simples?


Se você leu o parágrafo anterior e não entendeu nada, não se acanhe. Desde setembro de 2008, quando foram minerados os primeiros bitcoins, o assunto é assustador para quem pretende investir em moedas virtuais (observe o glossário ao final da reportagem). Agora, será possível investir em criptomoedas indiretamente, sem se preocupar com os nomes em inglês. A gestora paulista BLP lançou um fundo de investimentos multimercado que dedica 20% de seu patrimônio a moedas virtuais. "Em janeiro, nós havíamos lançado um fundo destinado a investidores profissionais, que têm patrimônio superior a R$ 10 milhões", diz Glauco Cavalcanti, sócio fundador da BLP. "Agora, estamos lançando um fundo dedicado a investidores de varejo."


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A carteira terá investimento mínimo de R$ 1.000, cobrará uma taxa de administração de 1,5% ao ano e taxa de performance de 20% do que exceder a variação dos juros de mercado, medidos pelo CDI. Segundo Cavalcanti, 20% dos recursos serão investidos obrigatoriamente em um fundo internacional gerido pela BLP, e que é 100% dedicado a moedas virtuais. Esse fundo, denominado Gênesis, dedica 80% do seu capital à compra das 20 moedas virtuais mais negociadas e os 20% restantes a moedas menos líquidas, com maior potencial de valorização. A distribuição do fundo será, por enquanto, exclusividade do portal Genial Investimentos.


O mercado tem sido movimentado. Em abril de 2017, o governo do Japão determinou que o bitcoin seria uma moeda aceita no país, ao lado do iene. Isso estimulou compras especulativas que, no fim de 2017, levaram o bitcoin de US$ 3.000 para US$ 36.000, em menos de 3 meses. Depois, o mercado desabou e, na quarta-feira 13, as cotações estavam ao redor de US$ 6.000. No início do ano, para evitar que o pequeno investidor brasileiro perdesse dinheiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que os fundos dedicados aos critptoativos fossem reservados aos investidores profissionais. Em setembro, essa proibição caiu e as gestoras se movimentaram. Agora, a demanda promete ser grande. Segundo Pedro Padilha, sócio da Genial e responsável pela seleção de fundos, o portal registrou a inscrição de 300 clientes novos por dia desde o anúncio do novo produto. "Como a liquidez do fundo é mensal e as aplicações e resgates só podem ser realizados no último dia de cada mês, ainda não é possível calcular quanto dinheiro vai chegar", diz Padilha. "Mas notamos que há um grande interesse. Muitos clientes nos consultaram."


Ele adverte, porém, que o produto é arriscado. Apenas 20% dos recursos captados pela BLP serão destinados a criptomoedas. Os 80% restantes vão para aplicações seguras, corrigidas pelo CDI. "Isso deve mitigar a volatilidade. Afinal, essas moedas oscilam bastante", diz o diretor. "Mesmo assim, esse fundo só será oferecido para clientes que tiverem um perfil de investidor agressivo, pois ele pode ser tão volátil quanto um fundo de ações."




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A empresa financeira Atlas, especializada em criptomoedas, lançou um cartão pré-pago para facilitar o investimento nesses ativos. Em vez de se cadastrar em uma bolsa e precisar fazer transferências por meio de seu cartão de crédito internacional, o investidor poderá comprar cartões emitidos pela Atlas, com valores de R$ 50, R$ 100 e R$ 200, pagando a aquisição por boleto ou transferência bancária. "O cartão destina-se a investidores que querem comprar quantidades pequenas de bitcoins", diz Marcelo de Mello Franco, vice-presidente da empresa.


A quantidade em bitcoins será calculada dependendo da cotação do dia e o dinheiro vai render de acordo com a valorização da criptomoeda. Ele afirma que há cerca de 1,4 milhão de investidores em bitcoin no Brasil e a meta é ampliar esse número a cerca de 3 milhões ao longo dos próximos anos, facilitando os investimentos. Segundo o planejador financeiro independente Fernando Costa, essa é uma aplicação a ser vista com cuidado. "O valor é pequeno, mas o investidor deve resistir à tentação de comprar muitos cartões, pois as cotações das moedas virtuais são muito voláteis."


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