Leitura de notícia
O Globo Online (RJ) ( Especial ) - RJ - Brasil - 14-11-2018 - 11:18 -   Notícia original Link para notícia
Nos bancos, foco no elo mais fraco

Sistema bancário brasileiro é considerado seguro, mas criminosos se aproveitam da ingenuidade dos consumidores para cometerem fraudes. No mundo, grupos organizados fazem roubos milionários


"Os bancos têm a missão de fazer com que os clientes se sintam confortáveis nos canais _ digitais" Luis Carlos Rego, VP da Unisys
"Atacar um banco não é _ trivial" Fabio Assolini, analista da Kaspersky Lab


Osistema bancário brasileiro é considerado modelo em segurança, inclusive no mundo virtual. Enquanto em outros mercados, como o americano, as instituições financeiras estão adotando a tecnologia de cartões com chip,po raqui, aerada biometria já chegou. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor investe anualmente R$ 2 bilhões em defesas cibernéticas, por isso, os ataques hackers se concentram no "elo mais fraco" da cadeia: os clientes.



De acordo com o estudo Unisys Security Index, o roubo de identidade e as fraudes bancárias são as duas maiores preocupações dos brasileiros em relação à segurança cibernética. Por esse motivo, os bancos investem não apenas para garantira integridade dos sistemas, mas para convencer que as transações virtuais são seguras.


-Os bancos têm amissão de fazer com que os clientes se sintam confortáveis nos canais digitais -comentou Luis Carlos Rego, vice-presidente de serviços financeiros da Unisys para América Latina. -As medidas são várias, desde a autenticação com biometria,a ou sode inteligência artificial para emitir alertas de transações suspeitas.


A preocupação faz sentido. Mais da metade das operações bancárias do país são feitas por canais digitais, sendo que 35% das 71,8 bilhões são realizadas pelo celular, indica levantamento referente ao ano passado. E, quanto maior o uso, maior o risco, alerta Jeferson Propheta, diretor-geral da McAfee no Brasil:


-O setor financeiro conseguiu transformar o negócio da tradicional fila do caixa para o atendimento digital -comentou.


Segundo a Febraban, não há registro de invasão ou fraude eletrônica a partir dos sistemas internos dos bancos no país. "Os ataques exploram o ambiente do cliente, que é o elo mais fraco", informa. "No caso da internet, é comum que a fraude só ocorra porque o cliente é induzido, por meio de engenharia social, a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários".


ROUBO DE US$ 1 BILHÃO


No entanto, os bancos não estão imunes aos cibercriminosos. Nos últimos anos, grupos organizados surgiram no cenário mundial. Um deles, conhecido como Carbanak, roubou mais de US$ 1 bilhão, ao longo de quatro anos, de mais de cem bancos de 40 países.


- Os criminosos se deram conta que era mais vantajoso roubar um banco do que os clientes - comentou Fabio Assolini, analista de segurança da Kaspersky Lab. - Mas atacar um banco não é trivial, por isso, temos ataques muito avançados, nunca vistos antes.


Mais avançado, o grupo Lazarus - que também estava por trás do ataque conhecido como WannaCry, que sacudiu empresas e governos em todo o mundo no ano passado - encontrou uma forma de atacar a rede Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), responsável pelas transações entre países. Na primeira ação conhecida, em fevereiro de 2016, oscriminososroubaram US$ 81 milhões do Banco de Bangladesh. Já foram registrados ataques desse grupo em alguns países da América Latina, como México e Equador.


-O sistema bancário brasileiro é confiável, mas já encontramos sinais da atuação deles aqui -disse Assolini.


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.