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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 16-10-2018 - 00:15 -   Notícia original Link para notícia
Vendas do Dia das Crianças não foram satisfatórias

Os resultados do Dia das Crianças no comércio de Belo Horizonte não foram satisfatórios. Algumas lojas de brinquedos apresentaram queda nas vendas de 10% a 30% em relação ao ano passado. E, quando houve empate no comparativo, o desempenho foi considerado positivo. Entre as causas apontadas para o resultado estão o período eleitoral, alto índice de desemprego, aperto na renda do consumidor e até o fato de a data ter caído na sexta-feira, levando muitas pessoas a viajarem.

Na Brinkel, tradicional loja de brinquedos no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, as vendas empataram com as do ano passado. Segundo o proprietário, Altair Rezende, o resultado ficou dentro da expectativa e foi considerado positivo devido ao cenário do País. Para o período, foram contratados 15 funcionários temporários.

"O pessoal está tão focado nas eleições que se esqueceu de comprar brinquedo. As pessoas estão apreensivas", comentou o comerciante, apontando o período eleitoral como uma das causas de os resultados não terem sido melhores. Além disso, ele citou o alto índice de desemprego, o que interfere na renda das famílias.

O tíquete médio na loja foi de R$ 120, com a maior parte - cerca de 60% - dos consumidores utilizando o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento. Este ano foi concluída a reforma da loja e, segundo Rezende, a ação objetivou fidelizar a clientela. Nesse caso, a medida pode ter ajudado no sentido de evitar quedas nas vendas. "Agora é esperar o Natal: com entusiasmo, mas sem grande otimismo", diz Rezende.

Na loja Estripulia do Shopping Del Rey, na região Noroeste, o movimento caiu cerca de 10% neste ano no comparativo com igual período de 2017. Segundo a gerente Elizangela de Oliveira, tal resultado é atribuído ao cenário de instabilidade política e econômica. O tíquete médio na loja durante o período do Dia das Crianças foi de R$ 150, tendo havido a contratação de cinco temporários.

A principal forma de pagamento foi o cartão de crédito parcelado. A intenção da loja era realizar o parcelamento de compras com valor a partir de R$ 50, mas, para enfrentar a concorrência, precisou baixar o valor para R$ 30. "Esperamos que no Natal o cenário esteja mais favorável", diz Elizangela.

Pesquisa de preços - Com unidade no centro da Capital, a Brinkare registrou queda de cerca de 30% no movimento em relação ao ano passado. Segundo a gerente Rosimar de Souza, as vendas foram mais significativas, com registro de filas, apenas no dia 11. Nos anos anteriores, a alta procura dos consumidores começava pelo menos dois dias antes. Para o período, o comércio contratou 13 trabalhadores temporários.

Segundo a gerente, os consumidores estavam atentos aos preços e fazendo pesquisas. Ela disse ainda que o movimento de trocas de presentes acaba ajudando os resultados, pois muitas vezes a pessoa leva um produto de preço mais elevado. A maioria dos clientes da loja optou em pagar com cartão de crédito parcelado.

A loja Big Z, no bairro Buritis, região Oeste, registrou estabilidade nas vendas em relação ao ano passado. A gerente Fernanda Figueiredo relata que o resultado surpreendeu positivamente. Mas ela pondera que o fato de o feriado este ano ter caído na sexta-feira pode ter influenciado negativamente nas vendas, pois muita gente aproveitou para viajar. No ano passado, o dia 12 foi na quinta-feira. O tíquete médio, segundo ela, depende para quem vai o presente: se for para o sobrinho ou afilhado, gira em torno de R$ 50. Mas, se é para o filho, o preço sobe até por volta de R$ 200. A loja contratou três funcionários como efetivos, já pensando no final de ano e volta às aulas.

Expectativas frustradas - Segundo estimativa da de Belo Horizonte (-BH), divulgada no final de setembro, a expectativa era de alta de 1,83% nas vendas no Dia das Crianças deste ano em relação a igual período de 2017. Segundo a entidade, a previsão era de que a data comemorativa, uma das principais do segundo semestre, injetasse na economia cerca de R$ 2,22 bilhões no comércio da Capital.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Criança
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