O mês da criançacriança sempre fez o comércio ser mais feliz. Mas o momento econômico do país combinado com as campanhas eleitorais deixa o consumidor mais cauteloso, embora esse cenário não indique o próximo dia 12 como um dos piores Dia das Crianças dos últimos tempos. Em Belo Horizonte, a expectativa da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH) é de crescimento de 1,83% nas vendas em relação ao mesmo período do passado. Esse percentual é levemente menor que o de 2017, que foi de 1,98%, mas considerado bom para a atual situação.

Para contornar esse cenário, o movimento no mercado mostra estratégias mais agressivas na divulgação dos produtos para estimular o consumidor. As campanhas já estão nas ruas. Com verbas curtas, a saída é criatividade. As vitrines estão mais coloridas e as mídias com mais ofertas, ações promocionais e liquidações de produtos. E mesmo com os indicativos de que este ano os presentes serão mais simples, a previsão da CDLCDL/BH é de que R$ 2,22 bilhões sejam injetados no comércio da capital.

BRINQUEDOTEKA Os brindes atrelados às ações de lazer para as famílias, além de boa decoração das lojas são quase obrigatórios para alavancarem as vendas. O ItaúPower Shopping, por exemplo, que é especialista em oferecer entretenimento para toda a família, investe mais uma vez na interação entre crianças e adultos. E a novidade da vez é a exposição gratuita Brinquedoteka.

A atração apresenta jogos dos anos 80 em versões gigantes e interativas que permite que os clientes possam jogar de verdade entre eles. São brinquedos clássicos que nunca saíram da moda. Entre os mais conhecidos estão o "Pense rápido!", aquele desafio em que é necessário se lembrar e repetir a sequência de luzes e sons; o "Cai-não-cai", no qual o vencedor é quem derruba menos bolas ao puxar varetas; o "Aquaplay", uma espécie de basquete aquático. Tem ainda o "Pula Pirata", que foi recordista de vendas no período de lançamento. No jogo, um pirata é espetado em um barril e ganha quem não fizer o pirata pular. E ainda tem os clássicos consoles dos games, que deram origem aos sofisticados jogos eletrônicos de hoje. Enfim, uma ótima oportunidade de interação para os pais relembrarem dos jogos do passado e a criançada conhecerem cem os clássicos que nunca saíram de moda.

INDÚSTRIA O consumo mais ameno no mês que tradicionalmente é aquecido reflete a lenta retomada da economia e da indefinição do cenário político. Mas a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) acredita em crescimento de até 8% em relação ao ano passado. Em 2017, o faturamento total da indústria foi de R$ 6,4 bilhões, sendo que a produção nacional performou R$ 3,8 bilhões - crescimento de 5% em relação a 2016 . O mercado deve movimentar perto de R$ 7 bilhões, e as vendas da semana da criançacriança podem representar 35% desse total.

O certo que o mercado publicitário se esforça para superar as barreiras. Os eventos, principalmente nos shoppings, estão a todo vapor. As principais marcas também aproveitam para fazer ativações, agregando ainda mais valor aos produtos oferecidos, ao contrário do passado recente em que os brinquedos encantavam as crianças e sensibilizavam os pais.