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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-09-2018 - 00:05 -   Notícia original Link para notícia
BC mantém Selic em 6,5% ao ano pela quarta vez consecutiva

Pela quarta vez seguida, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve ontem a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Com a manutenção, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.

Em comunicado, o Copom, que é composto pelo presidente e pelos diretores do BC, informou que o nível de ociosidade da economia contribui para manter a inflação em níveis baixos. O texto, no entanto, ressaltou que o comitê poderá subir os juros caso aumentem os riscos de frustração de reformas estruturais que reduzam o déficit nas contas públicas e de instabilidade na economia internacional.

"O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora", destacou a nota do Copom.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 4,19% nos 12 meses terminados em agosto, abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. O índice foi o menor para meses de agosto desde 1998, depois de a inflação ter subido em junho e julho por causa da greve dos caminhoneiros, que provocou escassez de produtos e alta de preços.

Até 2016, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para 2017 e 2018, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano, nem ficar abaixo de 3%.

Setores - Na avaliação do presidente da de Belo Horizonte (-BH), , apesar de a Selic permanecer no menor nível histórico, a taxa básica de juros ainda não é a ideal para os setores de comércio e serviços do País. Segundo o dirigente, seria importante a manutenção dos cortes no indicador.

"Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e consumo, bem como alavancar a atividade econômica", destacou Falci, em nota divulgada pela -BH.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom se justifica pelo comportamento e as expectativas diante da inflação, que deve, na opinião da entidade, ter sua meta atingida neste ano. Entretanto, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, pondera sobre a importância de uma continuidade do recuo da Selic para a atividade econômica no Brasil. O pensamento é compartilhado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que reconhece, porém, que a decisão "parece sensata" para o momento.

"De fato, os últimos dados de preços ao produtor exibem aceleração nas últimas semanas, o que pode ser atribuído tanto à desvalorização do real frente ao dólar, quanto à elevação no custo de transporte após o tabelamento do frete rodoviário. Para complicar, a corrida eleitoral permanece incerta e dificulta a elaboração de cenários econômicos. Tudo isso considerado, a decisão do Copom parece sensata nesse momento". (Com informações da Agência Brasil.)


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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