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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-09-2018 - 00:04 -   Notícia original Link para notícia
Indicador sobe pelo 3º mês seguido em BH

O número de consumidores inadimplentes na Capital encerrou o mês de agosto em alta de 0,66% na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com os dados divulgados ontem pela de Belo Horizonte (-BH) essa é a terceira alta consecutiva da inadimplência entre os moradores do município após uma sequência de 11 quedas seguidas nessa base de comparação.

O resultado pode ser explicado, segundo a economista da -BH, Ana Paula Bastos, pela elevação da inflação no período, que, no acumulado de 2018, estava em 2,94% frente a 1,43% no acumulado de 2017. Além disso, também houve impacto negativo causado pelos atrasos no pagamento dos salários dos servidores do Estado.

"O aumento da inflação influenciado pela alta do dólar e a taxa de desemprego ainda em patamares elevados influenciaram esse leve crescimento da inadimplência. Além disso, o não pagamento em dia do funcionalismo público fez com que os servidores deixassem de pagar algumas dívidas, inclusive em setores de primeira necessidade como água e energia elétrica", afirmou.

Em relação a julho deste ano, o levantamento apontou queda de 0,60% no número de pessoas que estão inadimplentes em Belo Horizonte, principalmente devido ao pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados, que costumam destinar parte dessa verba para o pagamento de dívidas atrasadas.

O montante de endividados que mais cresceu foi o da faixa etária acima de 65 anos, com aumento de 16,49% em agosto. Entre os gêneros, o endividamento foi maior entre as mulheres, com crescimento de 0,2% frente à queda de 0,7% entre os homens.

"A leve queda em relação ao mês anterior aconteceu devido à base forte de comparação pela entrada de recurso extra. Muitas vezes responsáveis financeiros pelas famílias, os idosos já tem uma redução da renda por causa da aposentadoria e um custo de vida maior e isso os torna mais inadimplentes", explicou Ana Paula Bastos.

O Indicador de Dívidas em Atraso mostrou que, em agosto deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de débitos vencidos diminuiu 4,34% entre os consumidores da Capital. Apesar do aumento da inadimplência na mesma base comparativa, o número de dívidas registradas apresentou queda devido à entrada de capital extra via PIS/Pasep, que possibilitou às pessoas quitarem alguns débitos. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a queda foi de 0,58%.

"A entrada de uma renda a mais faz com que as pessoas quitem algumas dívidas que estão registradas no CPF. Ninguém quer ficar inadimplente e, por isso, os consumidores buscam voltar para o mercado de crédito, principalmente para adquirir bens de maior valor agregado", ressaltou a economista da -BH.

Pessoa jurídica - O volume de empresas inadimplentes em Belo Horizonte cresceu 8,35% em agosto na variação anual, enquanto, na comparação com julho de 2018, houve leve retração de 0,49% no número de empresas com CNPJ negativado.

A pesquisa da -BH mostrou que o número de dívidas das empresas da Capital registrou crescimento de 5,35% em agosto deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2017. Já na variação mensal, a quantidade de contas em atraso das empresas caiu 0,49%.

Na avaliação de Ana Paula Bastos, o País ainda não tem apresentado um crescimento econômico que tenha capacidade de gerar grande impacto nas receitas das empresas. "O aumento da inadimplência está menor do que o dos anos anteriores, mas a economia ainda não está aquecida o suficiente para que os empresários recuperem perdas e, consequentemente, os débitos", destacou.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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