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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 15-08-2018 - 12:25 -   Notícia original Link para notícia
Atividade em Minas sinaliza retomada, com alta de 9,8%

Atividade em Minas sinaliza retomada, com alta de 9,8%



Setor recuperou perdas ante maio



Ana Carolina Dias



O setor de serviços em Minas Gerais cresceu 9,8% em junho de 2018 na comparação com maio do mesmo ano. A variação positiva acontece após a queda de 6,1% em maio e é uma resposta ao impacto negativo causado pela paralisação nacional dos caminhoneiros no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nessa terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na avaliação da economista do IBGE, Cláudia Pinelli, o avanço em junho não pode ser considerado uma tendência e sim uma retomada do setor após as perdas sofridas durante o mês imediatamente anterior. "Ainda não temos nenhuma indicação de que o setor vai seguir essa trajetória, é apenas uma recuperação, uma vez que, no mês de maio, a queda foi muito grande", explicou.

O levantamento apontou ainda que, na comparação com o mesmo mês de 2017, o Estado ocupou a 6ª posição entre as unidades da federação, com aumento de 3,5% no volume de serviços. Esse crescimento foi puxado pelos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que apresentou avanço expressivo de 13,8%; outros serviços, com variação positiva de 7,8% e o grupo serviços de informação e comunicação, que cresceu 3,2% na mesma base comparativa.



A principal variação negativa na comparação com junho do ano anterior foi o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, que caiu -8,4%. Os serviços prestados às famílias também apresentaram queda (-6,6%) e, segundo Cláudia, o resultado chama a atenção uma vez que o segmento tem mostrado sinais de decréscimo, enquanto no ano passado manteve altos índices.

No acumulado no ano (-1,8%) e em 12 meses (-1,9%), o recuo da atividade no setor terciário em Minas tem diminuído e, na análise da economista do IBGE, as oscilações do setor mostram que a trajetória, no acumulado, ainda é de decréscimo apesar de não permitir que seja definida alguma tendência.

Apesar do crescimento de 8,2% no acumulado de 12 meses, a variação acumulada no ano para os serviços prestados às famílias já é de -3,3% o que, de acordo com a economista do IBGE, é influência das dificuldades do mercado de trabalho e do cenário econômico do País, que têm prejudicado o consumidor final.

"Embora a inflação esteja sob controle, esse desempenho é um sinal de que o consumidor final está com menor capacidade de demandar devido à influência do mercado de trabalho. As injeções de recursos via PIS e Pasep podem contribuir para manter a demanda das famílias", afirmou Cláudia Pinelli.


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